Prefeito de Guaratuba identifica armadilhas

Desde que reassumiu a prefeitura de Guaratuba, por decisão judicial, José Ananias vem identificando uma série de “armadilhas” que seu antecessor no cargo, o vice-prefeito Miguel Jamur, lhe deixou. Segundo Ananias, que na última semana cancelou o reajuste que Jamur havia concedido aos servidores públicos, nos 180 dias em que exerceu interinamente o cargo o vice gastou perto de RS 14 milhões, deixou uma dívida de R$ 2 milhões, deu aumentos que não podia dar, comprou equipamentos que não pagou, aumentou o contingente de funcionários e comprometeu a arrecadação com salários acima do previsto pela lei: “Dá a impressão de que ele esteve aqui com a preocupação de dar emprego a parentes e amigos e criar dificuldades para a minha administração”, queixa-se o prefeito.

Ele diz que nos próximos seis meses terá menos de R$ 7 milhões para atender todos os setores da administração municipal: “O município arrcada R$ 21 milhões. O vice-prefeito já gastou R$ 14 e deixou uma folha de pagamentos de R$ 845 mil. Os recursos deixados mal dão para pagar o funcionalismo”. A isso soma-se a compra de um caminhão por R$ 120 mil, aumento nos gastos com combustíveis e despesas com propaganda. Sua maior preocupação, porém, se refere à questão do reajuste ao funcionalismo público. Jamur elaborou um plano de cargos e salários que prevê aumento automático a cada ano, aumentou o número de servidores e reajustou os salários comprometendo em mais de 73% por cento a arrecadação só com a folha de pagamento. A lei determina que esse comprometimento não pode passar de R$ 54%, o que pode levar o Tribunal de Contas a pedir a intervenção no município.

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