Uma agressão física foi uma das grandes confusões no dia de ontem de campanha dos candidatos, depois do debate promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), em Curitiba.

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O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Castro, Antonio Kava, foi surpreendido por socos desferidos pelo prefeito de Castro e presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Moacyr Elias Fadel Junior. Os dois mantêm uma briga política antiga em Castro. O ocorrido se deu no fim da manhã, logo após o fim do debate entre os candidatos do PDT e do PSDB, dentro do banheiro masculino do shopping Novo Batel. Não foi esclarecido se a agressão teria sido motivada por preferências partidárias.

Fadel, filiado ao PMDB, contraria a coligação de seu partido e apoia o candidato Beto Richa (PSDB) ao governo do Estado. Kava faz campanha para Osmar Dias (PDT).

Divulgação
Kava depois da agressão.

A versão de Kava é que não houve provocações nem discussão prévia à agressão. “Fui ao banheiro e nem tinha visto o prefeito até então. Quando me virei, ele estava atrás de mim e disse apenas ‘é isso que você queria’ antes de começar a me bater. Caí no chão e ele me chutou”, relatou o presidente do sindicato.

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Segundo Kava, ele começou a gritar e logo depois mais pessoas entraram no local para ver o que tinha acontecido, além de seguranças do shopping que interditaram o banheiro por um curto período de tempo.

A assessoria de Osmar Dias diz que seguranças do evento correram para tentar segurar o prefeito, mas que ele teria fugido do local para evitar um flagrante por agressão.

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Com o lábio cortado, Kava prestou queixa no 3º Distrito Policial, no bairro Mercês e fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). O laudo sai em uma semana. Fadel manteve o telefone celular desligado a tarde toda ontem e não retornou as ligações da reportagem de O Estado.

Nesta semana, o sindicato presidido por Kava protocolou uma denúncia de improbidade administrativa contra Fadel na Vara Cível de Castro. A suspeita dos servidores do município é que empresas terceirizadas foram contratadas para fazer asfaltamento e construção de galerias de águas pluviais e, no entanto, o serviço teria sido feito com maquinário da prefeitura e com servidores que trabalharam de forma irregular.

A denúncia foi reproduzida no jornal informativo do sindicato dos servidores. A assessoria de Fadel nega as acusações feitas na denúncia. “Só falamos a verdade, nosso salário é baixo, o que pode ter incitado a raiva dele (Fadel)”, cogita Kava.