PPS vai com Beto já no primeiro turno em Curitiba

Líder disparado em todas as pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de Curitiba (teve 62,4% no levantamento mais recente, divulgado pelo Instituto Alvorada) o prefeito Beto Richa conquistou, ontem, mais um importante aliado para tentar sua reeleição ainda no primeiro turno: agregou à sua campanha o PPS de Rubens Bueno, terceiro colocado na última pesquisa com 4,4%.

Por 48 votos a favor, cinco contra e uma abstenção, o diretório municipal do PPS aprovou a aliança do PSDB já no primeiro turno para a reeleição de Beto.

O diretório municipal seguiu a recomendação do PPS nacional, que vê na aliança com o PSDB e PDT um grande projeto estadual e nacional visando 2010.

Até ontem pré-candidato à Prefeitura, o presidente estadual do PPS, Rubens Bueno disse estar abrindo mão de sua candidatura visando um projeto maior. ?A eleição em Curitiba é mais importante que a simples escolha de um governante, porque tem desdobramentos nacionais e faz parte de um projeto mais amplo de mudanças e reformas para o Paraná e para o Brasil?, disse, lembrando que a aliança teve início no segundo turno das eleições para o governo do estado em 2006, em torno da candidatura do senador Osmar Dias (PDT).

?Não vencemos eleitoralmente, mas fomos vitoriosos politicamente, porque criamos uma alternativa política para o Estado, que também será da maior importância para as mudanças necessárias no plano nacional?, afirmou Rubens.

O prefeito Beto Richa, que foi ao diretório estadual do PPS receber documento com propostas de um programa mínimo de governo defendido pelo novo aliado classificou a adesão de Rubens Bueno à sua campanha como ?uma grande conquista, uma das maiores até este momento, porque tem significado emblemático, pelo respeito, pela ética e pela densidade eleitoral de Rubens Bueno?.

Beto lembrou que a adesão do PPS é outro resultado das reuniões semanais realizadas entre os presidentes estaduais do PSDB (Valdir Rossoni), PPS (Rubens Bueno), PDT (Osmar Dias), DEM (Abelardo Lupion) e PSB (Severino Araújo) tratando de alianças em diversos municípios do estado. ?Mais importante que a questão eleitoral, é a união em torno das mesmas propostas, dos projetos de cidade e estado?, disse o prefeito.

Com a adesão do PPS, Beto Richa já tem o apoio de seis partidos para sua reeleição, já contava com PDT, PSB, PTdoB, PRTB e PSDC. Os tucanos ainda esperam contar com o DEM e com o PP. ?As conversas estão bastante adiantadas com o PP, que deve decidir amanhã (hoje).

Já com o DEM, progredimos bastante. Fui muito bem recebido pelo DEM em Brasília, há um respeito nacional entre os dois partidos e eles entenderam o projeto?, comentou Beto.

Mas o prefeito afirmou que a negociação com o DEM não passa pelo nome do vice, exigência do partido, que deverá ficar mesmo com Luciano Ducci (PSB), ?a não ser que ele não queira?, declarou.

O presidente municipal do PPS, Marcos Isfer, acredita que a não candidatura de Rubens Bueno não enfraquece a densidade eleitoral da chapa de vereadores do partido. ?Num primeiro momento pode ser que sem um candidato nas majoritárias se perca votos nas proporcionais. Mas com o Rubens trabalhando não só na campanha do Beto mas também de nossos vereadores, isso pode ser compensado?, comentou. Isfer revelou que o PPS almeja eleger cinco vereadores em Curitiba.

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