PPS contra privilégios na Previdência

O presidente regional do PPS, Rubens Bueno, abriu ontem pela manhã o Fórum da Esquerda Democrática defendendo o fim dos privilégios na Previdência como forma de assegurar o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema. “Se na iniciativa privada a média das aposentadorias do trabalhador é de R$ 400, no poder público federal os valores são bem diferentes, chegando a algo como R$ 5 mil no Executivo, R$ 6 mil no Legislativo e até R$ 7 mil no Judiciário”, disse Rubens.

Realizado no plenarinho da Assembléia Legislativa, o fórum discutiu a reforma da Previdência e teve palestras do ex-secretário e consultor Renato Follador, da advogada Simone Valaski, do Tribunal de Contas do Estado, de Lineu Kirchner, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, constituído pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do ex-ministro da Previdência e atual secretário da Administração, Reinhold Stephanes.

Rubens Bueno assinalou que em 2002 a Previdência causou um furo de R$ 71,7 bilhões no tesouro da União. “Com esses recursos seria possível zerar o déficit de habitação do País, ou o de saneamento, proporcionando água e esgoto básico para toda a população, lembrando que cada real investido em saneamento garante economia de cinco reais em saúde”, afirmou Rubens.

Diagnóstico

Na primeira palestra do evento, Renato Follador fez um detalhado diagnóstico da Previdência brasileira e uma análise das alternativas de reforma do sistema. Em primeiro lugar, disse, é essencial buscar um “regime de previdência possível” que possa, ao longo do tempo, alcançar equilíbrio atuarial, “ou seja, que não se pague mais do que se arrecada”, e eliminar definitivamente os déficits.

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