Posição de secretário provoca reação no PMDB

O candidato à presidência do PMDB de Curitiba e diretor-geral do Detran, Marcelo Almeida, classificou como “antipartidária” a posição do secretário da Educação e também dirigente do partido, Maurício Requião, que defende a candidatura do deputado estadual Ângelo Vanhoni (PT) à prefeitura de Curitiba no próximo ano.

Para Almeida, a aliança defendida por Maurício é pessoal e não partidária, ou seja, entre o secretário da Educação e Vanhoni e não do PMDB com o PT. “Ele sequer admite outro candidato pelo PT, numa ingerência dentro de outro partido. É hora do partido parar e repensar toda a sua estratégia”, comentou.

Hoje, os vereadores do PMDB de Curitiba (Paulo Salamuni, Reinhold Stephanes Júnior, Luís Felipe Braga Cortes, Celso Torquato, Éde Abib) vão apresentar a chapa com os integrantes do grupo que defende a candidatura própria do partido. Marcelo Almeida é o cabeça da chapa que vai disputar o diretório municipal no próximo dia 26 e que tem o apoio do atual presidente do diretório estadual, deputado federal Gustavo Fruet, pré-candidato do PMDB à sucessão do prefeito Cassio Taniguchi (PFL).

Almeida disse que as coligações devem ser resultado de negociação entre partidos e não podem ser orientadas apenas por nomes de candidatos. “Na democracia, não há espaço para intransigências. Precisamos pensar no fortalecimento do PMDB em Curitiba e não neste ou naquele candidato. Não é porque o Maurício Requião não pode ser candidato à prefeitura que o PMDB não deve ter um candidato a prefeito de Curitiba. Como partido, temos outros bons nomes e um projeto de governo para Curitiba. Ele (Maurício) precisa reconhecer isso e trabalhar por isso”, atacou.

O diretor do Detran observa que atitudes consideradas antipartidárias sempre foram combatidas dentro do PMDB. “Quando o ex-governador Jaime Lerner estava no PDT e apoiou a candidatura do Fernando Henrique Cardoso à presidência da República, em detrimento de Leonel Brizola, o PMDB foi o primeiro a questionar a coerência de Lerner. Agora, vemos lideranças nossas repetindo o mesmo erro”, lamenta.

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