O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, iniciou, nesta sexta-feira, 4, a sua participação na reunião de chanceleres do Grupo de Lima para discutir a situação na Venezuela. É o primeiro teste da nova diplomacia brasileira adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, mais crítica ao regime de Nicolás Maduro e alinhada ao pensamento do presidente americano Donald Trump.

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Antes da reunião, Araújo participou de uma reunião na residência do embaixador chileno em Lima que reuniu com outros cinco ministros das Relações Exteriores do continente. Segundo a reportagem apurou, foi discutida a situação da Nicarágua e tudo relacionado à Unasul. O Grupo de Lima se encontra no Palácio de Tagle, em Lima. Ao todo, se reúnam chanceleres e representantes dos quatorze países do continente que compõem o Grupo Lima, incluindo Argentina, Colômbia, Chile e México.

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“Nós admiramos aqueles que lutam contra a tirania da Venezuela e de outros lugares”, disse Araújo ao tomar posse como chanceler na quarta-feira.

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Maduro será reconduzido ao cargo de presidente da Venezuela em 10 de janeiro depois de vencer as últimas eleições. O encontro acontece no momento em que chanceleres da América Latina discutem a crise política, econômica e humanitária que a Venezuela enfrenta. Araújo atribui a crise à ruptura da ordem democrática naquele país.

Além disso, prevê-se a discussão de medidas de coordenação regionais para tentar restaurar a democracia na Venezuela, segundo uma fonte da embaixada brasileira. E, também, para tratar a onda migratória de cidadãos venezuelanos a outros países da região.

Espera-se que os ministros das Relações Exteriores e representantes dos países do Grupo de Lima emitiram uma declaração conjunta após o encontro.

Grupo de Lima

O Grupo Lima, criado por iniciativa peruana é composta por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.