O presidente da Fundação Perseu Abramo, órgão de pesquisa e publicações vinculado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Márcio Pochmann, afirmou nesta terça-feira, 29, que existe dificuldade em fazer as reformas que o País precisa porque não há convergência em torno das propostas. “O governo que começou em 2002 não foi eleito para fazer reformas, mas para restituir o que o governo neoliberal (de FHC) destruiu nos anos 90”, argumentou, em palestra realizada nesta manhã na capital paulista.

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Apesar da afirmativa, Pochmann, que já foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e é um dos colaboradores dos programas de formulação econômica do PT, disse que as reformas devem ser colocadas em pauta na agenda do País neste momento. O tema vem sendo alvo de cobranças dos candidatos que fazem oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) nesta corrida ao Palácio do Planalto.

Após a palestra, o economista respondeu a perguntas da plateia, que lotou o auditório do CIEE. Indagado como ficaria o País caso a presidente Dilma Rousseff não fosse reeleita, ele tergiversou e brincou que não iria falar sobre isso porque poderiam dizer que ele estava “fazendo terrorismo, como um banco que emitiu sua opinião”.

Pochmann não entrou em detalhes sobre o assunto, nem citou o nome do banco, o Santander, que num informe recente a alguns de seus clientes avaliou que o cenário econômico brasileiro pode piorar caso Dilma seja reeleita em outubro. Apesar disso, o economista ligado ao PT disse que as classes populares dependem dos programas introduzidos pelos governos de seu partido. “Enfrentar a pobreza não é só com renda e emprego, mas também com programas sociais”.

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