PMDB terá candidato nas grandes cidades do Paraná

O PMDB deve ter candidaturas próprias às Prefeituras de Curitiba, Londrina e Maringá, cidades em que a eleição pode ser realizada em dois turnos.

Este é o entendimento da maioria dos deputados estaduais e federais e dos dirigentes do partido que estiveram reunidos ontem com o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, na sede estadual do PMDB para discutir a estratégia peemedebista na disputa eleitoral do próximo ano.

A palavra final sobre a política de alianças e o quadro de candidaturas próprias do PMDB é do governador Roberto Requião. Mas os peemedebistas tentam dar uma direção para as negociações das composições que o partido fará nas eleições do ano que vem, em que a preocupação principal é com o aliado do segundo turno do ano passado, o PT. “O Requião só é governador agora porque disputou em 1998. O partido que quer ser grande tem que disputar eleições. Acho que o governador não vai impedir que o PMDB tenha candidatos próprios. O partido precisa se fortalecer”, disse o deputado Nereu Moura, referindo-se às versões de que Requião tem compromisso de apoiar os candidatos do PT em algumas cidades, a começar por Curitiba. O deputado afirmou que, pelo menos na base do partido, há consenso sobre a necessidade de o partido concorrer com candidatos próprios nos maiores colégios eleitorais.

Autonomia

Caíto Quintana disse que o projeto do partido é lançar candidatos próprios na maioria das cidades, independente das conversas com o PT. “Do mesmo jeito que o PT vai fazer força para ter seus candidatos, o PMDB vai fazer a mesma coisa. Os dois partidos são autônomos”, afirmou o chefe da Casa Civil.

Para Nereu Moura, o PMDB deve buscar composições com o PT nas cidades menores. Mesmo assim, quando estes acordos eleitorais não vingarem, o PMDB pode lançar seus candidatos sem que essa posição seja entendida como uma ruptura entre aliados, afirmou o deputado. “Temos uma aliança para governar o Estado e o País, mas não há um acordo político-partidário entre nós e não podemos esquecer que, daqui a quatro anos, o PT vai lançar um candidato ao governo”, ponderou o deputado.

A reunião de ontem foi a primeira de uma série programada pelo presidente estadual do partido, Gustavo Fruet. O próximo convidado será o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti. A proposta de Gustavo é envolver os integrantes do governo nas discussões partidárias e eleitorais.

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