PMDB requer tempo para Aldo na TV

O PMDB do Paraná ajuizou ontem uma medida cautelar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o ex-secretário estadual de Justiça Aldo Parzianello possa fazer propaganda da sua candidatura ao Senado. O PMDB recorreu ao TSE com base na posição do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de dar prosseguimento ao recurso contra o indeferimento do registro de Parzianello.

O ex-secretário entrou com pedido de inscrição da candidatura no dia 16 de agosto, mas o juiz João Pedro Gebran Neto negou o registro. O juiz entendeu que o PMDB não tinha direito a lançar um candidato ao Senado após o fim da coligação com o PSDB por não ter indicado à Justiça Eleitoral um nome para a vaga quando pediu o registro da aliança com os tucanos. O PSDB lançou o senador Alvaro Dias, mas o PMDB não indicou apoio à reeleição do tucano.

O PMDB está alegando, no recurso, que não registrou um candidato ao Senado porque a legislação eleitoral impedia que duas siglas aliadas fossem adversárias na disputa de uma mesma vaga, no caso, ao Senado. ?O pedido de registro não foi feito antes devido ao impeditivo legal imposto aos partidos coligados na proporcional. Esses partidos não podem ter adversários na eleição majoritária. A candidatura de Parzianello é em substituição ao apoio do partido a Alvaro Dias, conforme ata da convenção que determinava a coligação PMDB/PSDB?, argumentou a assessoria jurídica.

Mais do que trabalhar um nome para o Senado, que a direção estadual do partido acredita que já foi prejudicado em decorrência do tempo curto para a propaganda, o PMDB está interessado, sobretudo, em garantir os cerca de três minutos diários da candidatura majoritária no horário eleitoral gratuito.

Anteontem, o presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, disse que não acredita mais na possibilidade de sucesso da candidatura ao Senado e que, internamente, o partido já está dividido entre as candidaturas do senador Alvaro Dias (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Paulo Salamuni (PV).

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