Reconduzido à liderança do PMDB na Câmara nesta quarta-feira, 17, Leonardo Picciani (RJ) disse a interlocutores que indicará o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Já para o comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que também caberá ao PMDB, ele deve indicar o deputado Sérgio Souza (PR).

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Rodrigo Pacheco é advogado e está em seu primeiro mandato de deputado federal. Caso seja escolhido presidente da CCJ, ele comandará a principal comissão da Câmara. O colegiado é responsável por analisar a admissibilidade de todas as matérias que tramitam na Casa e por julgar recursos apresentados por deputados para questionar decisões de outras comissões, Conselho de Ética e plenário.

Souza também está no primeiro mandato de deputado. Ele já tinha ocupado o posto de senador entre 2011 e 2014 no lugar da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que deixou o Senado para assumir a Casa Civil do governo Dilma Rousseff. O parlamentar paranaense será indicado para a CMO por Picciani, pois, este ano, caberá à Câmara indicar a presidência do colegiado. Em 2015, o posto ficou com a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).

Formada por senadores e deputados, a CMO também é uma das principais comissões do Congresso Nacional. Ela é responsável por analisar projetos relativos ao Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Orçamento da União. O colegiado é responsável ainda por julgar as contas do presidente da República, após elas serem analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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Candidaturas

Os deputados indicados por Leonardo Picciani deverão enfrentar candidaturas avulsas articuladas por aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após ser derrotado na disputa pela liderança do PMDB nesta quarta-feira, Cunha articula lançamento de candidaturas avulsas para as principais comissões permanentes, como a CCJ. O objetivo é tentar manter sua influência na Casa.

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Embora a prática na Câmara dos Deputados seja de os líderes partidários indicarem seus deputados para a presidência da comissão após divisão das vagas de acordo com o tamanho das bancadas, aliados de Cunha querem quebrar a tradição. Eles apostam no Regimento Interno que estabelece que os dirigentes dos colegiados devem ser eleitos.