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Pessuti fala com Lula sobre sucessão no Paraná

O governador em exercício, Orlando Pessuti, foi a Brasília ontem, 13, para ter uma conversa franca com o presidente Lula (PT) sobre a sucessão para o governo no Paraná, no próximo ano.

Antes de acompanhar o presidente, hoje, na visita a Telêmaco Borba, Pessuti quis ouvir do próprio presidente por que não foi mencionado por ele como um dos possíveis candidatos ao governo que poderia ter o apoio do PT do Paraná.

As declarações de Lula foram feitas no início do ano, mas até hoje Pessuti não assimilou a exclusão e, há algumas semanas, avisou aos peemedebistas e petistas do Paraná que queria conversar diretamente com Lula sobre o assunto.

“Vamos tratar de questões administrativas e quero conversar também sobre questões políticas. Eu quero saber o que ele pensa para a sucessão estadual”, disse o governador em exercício.

O encontro de Pessuti com Lula estava agendado para ontem à noite. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, avisou a Pessuti que o encontro estava marcado.

Hoje, Pessuti volta de Brasília com Lula, que vem ao Paraná conhecer a nova unidade da indústria de celulose Klabin, que comemora 110 anos. Em Telêmaco Borba, também está em início de construção a Usina Hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi. A obra, parceria da Eletrosul e Copel, terá recursos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).

O presidente do PMDB do Paraná, deputado estadual Waldyr Pugliesi, disse que o governador em exercício encasquetou com a omissão de Lula que, em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, citou o senador Osmar Dias (PDT), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT) e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, como possíveis pré-candidatos de uma aliança do PT e outros partidos da base de apoio no Paraná.

Lula não citou Pessuti que, recentemente, fora indicado pré-candidato do PMDB à sucessão de Requião. E que em 2006, esteve com Lula no palanque do comício de encerramento da campanha em Curitiba. Requião não compareceu e o PMDB foi representado por Pessuti.

“Ele (Pessuti) nos disse que era amigo do Lula, que fez campanha para ele e que queria falar pessoalmente com o presidente sobre não ser citado”, disse Pugliesi. “Ele é pré-candidato e só tem a ganhar falando com o Lula”, disse.

Há três semanas, na reunião que manteve com a direção estadual e deputados estaduais e federais do PT, em que pediu apoio à sua pré-candidatura, Pessuti queixou-se da omissão de seu nome. “Ele nos pediu e nós ajudamos a marcar a audiência”, disse o deputado estadual Elton Welter (PT).