O secretário estadual da Agricultura e vice-governador do Paraná, Orlando Pessuti, recebeu ontem representantes do Banco Mundial, que financia o programa Paraná 12 Meses, da Secretaria da Agricultura. A maior preocupação de Pessuti é quanto à conclusão do programa, que deve terminar em 20 meses, e qual a melhor forma de aproveitar os recursos destinados ao projeto. Para isso, ele pediu que o prazo seja prorrogado, já que as propostas apresentadas pelos técnicos executores precisam ser submetidas a um cronograma determinado pelo governador Roberto Requião.
De acordo com o representante do Banco Mundial, Michael Carroll, a solicitação do governo de prorrogar o prazo de vencimento do contrato não é impossível, mas dificilmente isso pode acontecer, uma vez que o plano já foi estendido. Entretanto, Carroll se propôs a voltar ao Paraná dentro de alguns meses, para percorrer junto com o secretário o interior do Estado e ver de perto o andamento do programa.
O projeto é destinado ao combate à pobreza, através de obras de saneamento básico e melhoria de moradias e de infra-estrutura das propriedades, incentivo à produtividade, além de práticas de conservação de recursos naturais. Segundo o secretário, embora criado pelo governo anterior, o Paraná 12 Meses é considerado um bom programa e deve continuar prestando atendimento ao pequeno agricultor.
A meta estabelecida é que sejam aplicados 3 milhões de dólares mensais, provenientes do Banco Mundial, e o mesmo valor, de contrapartida, do governo estadual, o que representa hoje cerca de 18 milhões de reais. Para o secretário, trata-se de um desafio muito grande, pois para se cumprir esse objetivo é preciso aumentar o número de técnicos da Emater e investir na compra de veículos e equipamentos, já que parte do sucesso do Paraná 12 Meses está atrelado a esta empresa.