Foto: Fábio Alexandre/O Estado

Pessuti: confusão provocada por companheiros.

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Indicado na semana passada pela Assembléia Legislativa para assumir o cargo de conselheiro no Tribunal de Contas, o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) negou, no final da tarde de ontem, que tenha pensado em desistir da vaga. Pessuti atribuiu a um ruído de comunicação as versões divulgadas sobre uma suposta decisão de permanecer no governo e disputar a eleição na chapa do governador Roberto Requião (PMDB) à reeleição.

 Pessuti disse que tudo não passou de uma confusão provocada por inúmeras manifestações de peemedebistas defendendo sua permanência no governo e uma candidatura a vice-governador ou ao Senado. Segundo o vice-governador, vários integrantes do partido assumiram essa posição na consulta realizada anteontem, quando os peemedebistas escolheram o provável indicado do partido para concorrer à presidência da República.

"Tudo não passa de um boato", afirmou o vice-governador, informando que deixará a secretaria da Agricultura no dia 31, mas que ainda não sabe quando será nomeado pelo governador para o TC. Requião não tem prazos para nomear Pessuti. Mas depois que o governador assinar o ato de nomeação, Pessuti terá sessenta dias para tomar posse.

Plano B

Uma das razões que levou o governador a indicar Pessuti para o cargo de conselheiro foi a necessidade de abrir caminho na chapa da reeleição para uma composição com outros partidos, principalmente o PSDB. O nome cogitado é o do presidente da Assembléia Legislativa e vice-presidente estadual do PSDB, Hermas Brandão (PMDB). Ontem, uma das explicações a respeito da dúvida levantada sobre a posse de Pessuti no TC foi que, se o Supremo Tribunal Federal decidir pela obrigatoriedade da verticalização das coligações partidárias, o PMDB terá que lançar uma "chapa-pura" no Paraná. Nesse caso, o candidato a vice-governador teria que ser Pessuti.

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Mas o vice-presidente estadual do PMDB, deputado Nereu Moura, afirmou que o partido tem outros nomes, além de Pessuti, para assumir a candidatura a vice-governador. Ele citou o deputado federal Osmar Serraglio como uma das alternativas. "Serraglio vem da região Noroeste, de Umuarama, onde o PMDB não tem boa inserção. Ele é o nosso plano B para uma chapa puro-sangue", afirmou Moura.

O presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, foi adiante e disse que, além de Serraglio, o partido tem ainda o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano Renato Adur e o deputado federal Odílio Balbinoti. "É bom ter várias opções", disse.

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Uma outra possibilidade levantada para a demora de Pessuti em marcar a data de posse no TC foi a necessidade de assumir o governo no próximo mês, durante uma suposta viagem de Requião ao exterior. Mas o Palácio Iguaçu não confirmou o afastamento do governador nos próximos trinta dias. Pessuti foi indicado para o TC na vaga do conselheiro Quielse Crisóstomo, morto no mês passado.