Pesquisa vai sondar panorama eleitoral

O PT de Curitiba vai encomendar pesquisas de intenção de votos para sondar como está o panorama eleitoral na sucessão municipal do próximo ano. Com dois nomes na lista de pré-candidatos à prefeitura – o deputado estadual Angelo Vanhoni e o deputado federal Florisvaldo “Rosinha” Fier – o partido foi orientado pelo diretório nacional a contratar as pesquisas em três momentos distintos para guiar o debate interno. A decisão de pesquisar o quadro eleitoral foi anunciada na reunião da executiva municipal do partido, realizada na última terça-feira.

O partido já fez orçamentos com o Ibope e Vox Populi. A primeira pesquisa deve ficar pronta até o final de agosto. A segunda será realizada entre outubro e novembro e a terceira, no início do próximo ano. O diretório nacional deve financiar parte do trabalho, que faz parte da preparação para as prévias do partido, que podem ser convocadas a partir de novembro, conforme o calendário nacional. Mas em Curitiba, as prévias devem ser realizadas somente em maio do próximo ano.

Uma das recomendações do diretório nacional é para que se evitem as prévias nas cidades onde houver um nome “favorito” para a disputa. A justificativa é que o partido não deve gastar energia com as brigas entre os diferentes grupos, mas direcionar suas forças para a construção de uma candidatura com potencial de vitória.

Espaço

Partidários da pré-candidatura do deputado federal Florisvaldo “Rosinha” Fier (PT), sustentada pelas correntes minoritárias, estão prontos para interpelar o diretório estadual sobre as inserções do partido que estão sendo veiculadas diariamente nas emissoras de rádio e televisão. Os comerciais partidários são estrelados pelo deputado estadual Angelo Vanhoni, o que na opinião dos aliados de Rosinha configura privilégio para seu concorrente interno.

As inserções também motivaram uma moção da Zonal do PT no Boqueirão contrária ao conteúdo da aparição de Vanhoni. Na inserção, o deputado estadual faz uma convocação para interessados em se filiar ao partido. O vereador Paulinho Lamarca, presidente da Zonal, disse que o comercial contraria a história do partido que não faz filiações em massa. “Esse tipo de discurso não tem nada a ver com o PT, cujas filiações são consequência de um trabalho de militância. Esse chamado atrai todo tipo de pessoas, desde os que não têm nenhuma afinidade com o PT até os oportunistas. Não podemos fazer filiações apenas com motivação eleitoral”, criticou

Sucessão em debate no PT

Está sendo agendada para a próxima semana uma nova reunião entre os vereadores petistas e o pré-candidato à Prefeitura de Curitiba, deputado estadual Ângelo Vanhoni. “O momento é para avaliar a conjuntura e o processo de discussão do programa de governo que apresentaremos à cidade”, adiantou o organizador do encontro, vereador Pedro Paulo Costa.

A primeira reunião aconteceu no dia 7 de maio, e dela participaram os seis vereadores da bancada – Pedro Paulo, André Passos, Adenival Gomes, Roseli Isidoro, Paulo Lamarca e Nilton Brandão – , o presidente municipal do partido, Roberto Salomão e o deputado estadual Tadeu Veneri.

Embora Vanhoni tenha sido lembrado como principal nome do partido para as eleições municipais do ano que vem, a definição só será feita no próximo ano, durante a convenção. “Acredito que teremos uma candidatura de consenso”, opinou o vereador.

Quanto às críticas do governador Roberto Requião (PMDB) a setores do partido, Pedro Paulo afirmou que a bancada de vereadores de oposição ao prefeito Cássio Taniguchi (PFL) deve manter-se unida. “Nossa bancada tem primado pela lealdade e, se houver reciprocidade, será assim nos melhores e nos piores momentos”, garantiu. “Havendo lealdade e respeito se superam as divergências”.

De acordo com o vereador, na próxima reunião deverão ser levantados problemas existentes na atual administração, como falhas na política social, principalmente no tratamento dado às creches e a segurança pública. “Na política social a Prefeitura deve muito à população. Curitiba está longe de ser o paraíso que o prefeito prometeu em 2000. Falta visão de prioridades”, disse. Estas questões deverão fazer parte do projeto de governo para 2005. (Fabiane Prohmann)

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