Pesquisa divide comitês de campanha, em Curitiba

O candidato tucano Beto Richa considerou “satisfatórios ” os resultados da pesquisa Ibope-Rede Globo sobre a eleição em Curitiba, divulgados na última quarta-feira (dia 28). A sondagem estimulada aponta empate técnico entre Richa, com 22% das intenções de voto, e Angelo Vanhoni, o candidato do PT, com 26%. “Os números confirmam nossas sondagens internas e estou bastante satisfeito. Tenho trabalhado muito, percorrido todos os bairros da cidade, feito uma campanha franciscana, baseada no contato direto com o eleitor”, comentou o candidato do PSDB, lamentando que o instituto não tenha feito uma simulação do segundo turno. Ele acredita que a campanha vai melhorar a partir de 17 de agosto, com o início do horário eleitoral gratuito em rádio e televisão.

Na avaliação da coordenação de campanha de Angelo Vanhoni, a liderança do petista sinaliza o desejo de mudança do eleitor na forma de organizar a cidade: “Mostra que o eleitor não está satisfeito com o grupo que governa Curitiba há 16 anos”. Destaca a estabilidade do quadro eleitoral, principalmente em relação aos candidatos que ocupam os primeiros lugares e considera que a margem de erro alta e a amostragem pequena da pesquisa permitem várias interpretações: “Um cenário pode ser Angelo Vanhoni com 30% e Beto Richa com 17%; ou ainda os dois no mesmo patamar”.

Comparando os dados de agora com os de maio, os petistas concluem que não houve alteração. Á época, Beto tinha entre 21 e 24% e Vanhoni, entre 26 e 30%. E ainda notam que na primeira pesquisa após a oficialização das candidaturas não aparece o percentual de votos do vice de Richa, Luciano Ducci (PSB).

Divergências

O candidato da coligação do Voto Limpo, Rubens Bueno, questionou o índice de intenções de voto que lhe foi atribuído pelo Ibope, de 8%, mas analisou positivamente a pesquisa. “Nossas sondagens internas indicam que já rompemos a barreira dos dois dígitos. Estamos na casa dos 12%. O importante é que o Ibope sinaliza o nosso crescimento”, disse Rubens.

O candidato do PL, Mauro Moraes, estranhou o baixo número de entrevistas, que acabou determinando uma margem de erro muito elevada: “Se aplicarmos esse índice, para baixo ou para cima, o quadro se altera de forma drástica”, ponderou.

Osmar Bertoldi, o candidato do PFL, não se surpreendeu com os resultados: “Eles mostram que a maioria dos eleitores ainda não decidiu em quem votar”.

Pedro Manoel Neto, do PMN, com seu modesto 1% de intenções de voto, comemorou: “É a primeira vez que disputo, por um partido considerado pequeno, e estou tecnicamente empatado com o candidato do prefeito. Creio que é um bom desempenho”.

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