Líder do governo no Senado quando Dilma Rousseff exercia a presidência, Humberto Costa (PT-PE) aproveitou seus minutos na Comissão do Impeachment, nessa segunda-feira, 27, para defender o resultado da perícia do processo, que isentou a presidente afastada da autoria das pedaladas fiscais.

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“Para se caracterizar um crime de responsabilidade de um presidente da República, é necessário que haja sua participação direta. Mas quando vem um parecer e afirma claramente que não há participação direta da presidente no Plano Safra, essa denúncia, que já era frágil, se torna um pretexto para afastar uma presidente eleita pelo povo”, afirmou o senador.

A perícia defende não haver dúvidas que a presidente Dilma seja responsável pela edição de decretos de créditos suplementares. Por outro lado, o laudo aponta que não houve qualquer participação, direta ou indireta, da presidente afastada nas operações de crédito conhecidas como pedalas.

Costa fez questão de lembrar que a base aliada de Michel Temer votou contra a realização da perícia na Comissão do Impeachment e foi derrotada após decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, instância máxima do processo de impeachment.

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“É bom que se diga inclusive que a base do governo golpista era totalmente contrária a que se fizesse essa perícia e foi graças a uma decisão do STF que ela foi realizada”, argumentou Costa.

A comissão continua a ouvir testemunhas da defesa até a próxima quarta-feira, 29. Nesse momento, o colegiado questiona o deputado e ex-ministro do Desenvolvimento, Patrus Ananias.

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Durante essa semana, tanto acusação quanto defesa poderão enviar questionamentos à perícia, que serão respondidos por escrito. Somente na terça-feira, 5, a junta pericial participará de uma audiência na comissão, onde serão interrogados pelos senadores.