PDT revê candidatura e já admite aliança com PSDB

A reunião do diretório estadual do PDT, marcada para amanhã, promete esquentar. O tema em debate será a campanha eleitoral em Curitiba. Na reunião, vão ser colocados na mesa para avaliação os resultados da pesquisa realizada pelo Ibope entre 6 e 9 de maio e divulgada na última quinta-feira (dia 13). Nela, o pré-candidato do PDT, deputado estadual Neivo Beraldin, foi citado por 1% dos entrevistados. Isso na estimulada. Na espontânea, ele sequer foi lembrado.

O presidente estadual do partido, senador Osmar Dias, invoca acordo firmado há um ano com os possíveis pré-candidatos pedetistas sobre a definição do lançamento de candidatura própria ou coligação com outras siglas, que se daria em maio, com base nas pesquisas: “Todos têm direito a pleitear uma candidatura, mas é preciso que ela tenha um mínimo de viabilidade, e 1% não confere viabilidade a ninguém. Também não podemos permitir que o partido seja usado para projetos pessoais. Estamos há um mês das convenções e creio que todos tiveram tempo para trabalhar nesse sentido”, disse

Aliança

Embora defina o encontro como um início de conversa, o senador admite que vai propor aos correligionários a formação de aliança com outras agremiações. Ele vem conversando com vários partidos, principalmente com o PSDB, que tem como pré-candidato o vice-prefeito Beto Richa, segundo colocado nas sondagens, com 21% das preferências, apenas 7% abaixo do líder, o petista Ângelo Vanhoni. Enquanto os índices de Vanhoni apresentaram queda em relação a pesquisas anteriores, Beto vem em crescimento, grandemente estimulado pelo episódio do reajuste das tarifas de transporte coletivo, há mais de dois meses. Ele suspendeu o reajuste previsto por Cassio Taniguchi (PFL) durante um período de interinidade.

Richa, que tem mantido constantes contatos do Osmar Dias, não esconde o interesse na coligação com o PDT, que fortaleceria sua posição no quadro sucessório municipal. É um primeiro passo nessa direção, pois há conversas bem adiantadas também com outras siglas.

Mas se os entendimentos com os tucanos são bem promissores na capital, há alguns problemas no interior. Osmar deverá receber manifesto de diretórios pedetistas inconformados com o que consideram falta de reciprocidade nas negociações com o PSDB, em apoio a alguns prefeitos do PDT, como é o caso de Edgar Bueno em Cascavel. À frente do movimento está o prefeito de Corbélia, Clóvis Bombarda. Ele justifica que não advoga em causa própria porque já foi reeleito e está em fim de mandato.

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