O PPB praticamente acertou sua participação na aliança com o PDT e o PTB para a sucessão estadual em torno da candidatura do senador Alvaro Dias (PDT) ao governo do Paraná. O acordo foi anunciado ontem em Curitiba no início da noite, após uma reunião entre Alvaro, e os presidentes estaduais dos três partidos – o deputado federal José Janene (PPB), o pedetista Nelton Friedrich e o petebista Valdir Rossoni, no escritório do senador. A composição será homologada nas convenções dos três partidos, marcadas para o sábado, dia 29. O PPB poderá participar da convenção conjunta do PDT e PTB.
Conforme o acordo, o PPB ficará com a segunda vaga ao Senado – a primeira está reservada ao senador pedetista Osmar Dias – para a qual será indicado o deputado estadual pepebista Toni Garcia. Os três partidos lançarão uma chapa única para a Assembléia Legislativa e a Câmara Federal. Até a convenção, o PPB terá que contornar algumas dificuldades para o fechamento da aliança, no sábado. Rivalidades locais entre os partidos nos municípios de Guarapuava, Cascavel e Toledo terão que ser administradas antes da oficialização da aliança.
Alvaro Dias disse que a composição com o PPB amplia as possibilidades eleitorais da coligação. “Teremos um fortalecimento da estrutura eleitoral em todo o Estado, além de um aumento do tempo de TV e de rádio na propaganda eleitoral”, afirmou. O senador disse ainda que o vice na sua chapa ainda não está definido, mas deve ser indicado num consenso entre os três partidos.
José Janene justificou o rompimento do acordo anterior com o PSDB alegando que o PFL e os tucanos, depois de dois meses de negociação, fizeram algumas “trapalhadas”. Segundo o deputado, uma delas foi a resistência dos dois partidos em ratificar a candidatura única ao Senado, em relação à qual o PPB queria exclusividade. Além do PPB e do PTB, a chapa de Alvaro Dias tem o apoio de quatro partidos “nanicos” – PGT, PSDC, PRP e PTN.