PDT apresenta alternativa para aliança proporcional

Na próxima segunda-feira (dia 3), a direção estadual do PDT vai apresentar ao PTB uma proposta alternativa de aliança proporcional para as eleições de 6 de outubro. Os pedetistas querem dividir as candidaturas a deputado estadual e federal em dois blocos, com a participação dos pequenos partidos que estão negociando sua integração à composição – como o PRP e o PGP. O PTB lideraria uma chapa e o PDT, outra.

A fórmula que será apresentada aos petebistas foi definida ontem pela manhã em uma reunião realizada no futuro comitê de campanha do senador Alvaro Dias, entre a direção estadual do partido e e os senadores, deputados etaduais e federais e e todos os pré-candidatos a Assembléia Legislativa e Câmara Federal do PDT. Na segunda-feira passada, em conversa com os deputados estaduais, Álvaro já havia convencido parte da bancada de que uma aliança proporcional com os petebistas é necessária para não ameaçar o projeto principal, sua eleição para o governo. O PTB sempre condicionou seu apoio à candidatura de Álvaro ao lançamento de uma chapa única para a disputa proporcional.

Confiança

O presidente do diretório regional do PTB, deputado estadual Valdir Rossoni, disse que a coligação com o PDT no Paraná somente não será feita se os pedetistas não quiserem. “O único que pode atrapalhar nossa coligação no Paraná é o próprio PDT”, afirmou o dirigente petebista. Para Rossoni, que antes defendia uma aliança em torno do pré-candidato governista, Beto Richa (PSDB), são mínimas as possibilidades de o PDT e PTB não se juntarem no estado em torno da candidatura de Álvaro ao governo. “A possibilidade de mudança desse quadro somente haveria se houvesse uma mudança na posição nacional. Mas isso nos parece impossível hoje”, disse Rossoni, frisando que a convenção nacional do PTB, que deve ocorrer na primeira quinzena de junho, deve referendar a Frente Trabalhista formada por PPS, PDT e PPS.

Convenção

No Paraná, os petebistas realizam a convenção no dia 27 de junho. Se confirmada a aliança com o PDT, o PTB vai indicar o nome do candidato a vice-governador. Para o presidente estadual do partido, é perfeitamente aceitável a condição exigida por Álvaro de escolher seu vice. “Sempre defendi que deveria ser assim. Se eu fosse candidato ao governo, também gostaria de ter esta prerrogativa. O vice é uma questão pessoal”, comentou. Rossoni acha que o seu partido pode apresentar uma lista de nomes para que Álvaro faça sua opção.

O nome defendido para ocupara a vaga de candidato a vice-governador pelo presidente nacional do partido, José Carlos Martinez, é o do deputado estadual Luis Accorsi. Internamente, nenhum petebista ainda contestou esta indicação. A ala majoritária do partido está mais interessada em discutir com o PDT uma futura participação no governo, por áreas, do que se desgastar em discussões sobre um cargo que não garante poder numa suposta futura administração pedetista.

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