Paulo diz que Requião pode romper contratos

O presidente da Copel, Paulo Pimentel, disse ontem que os contratos de compra de energia com valores dolarizados firmados na gestão passada têm recebido sérias críticas do governador Roberto requião, que admite até a possibilidade de rompê-los. Segundo Pimentel, as críticas do governador “guardam perfeita sintonia com o que pensa a diretoria da empresa, que há mais de um mês vem trabalhando sobre os termos dos contratos com a Cien -Companhia de Interconexão Energética e Uega -Usina Elétrica a Gás de Araucária.

Entretanto, houve quem conferisse à possibilidade de rompimento o status de fato consumado, o que de certa forma confundiu o mercado: “Os contratos acham-se sob análise da diretoria da Copel, que tem discutido seus termos com as partes envolvidas”, declarou Pimentel. “Já nos reunimos algumas vezes com os parceiros desses contratos, mas ainda não temos posição definitiva a relatar”.

Quanto à suspensão dos pagamentos, o diretor de finanças Ronald Ravedutti informou que a medida está sendo aplicada a vários contratos da gestão passada. Entre eles estão os contratos com a Cien e a Usina de Araucária: “Não são os únicos contratos nesta situação”, observou Ravedutti. “A suspensão do pagamento é uma medida necessária para que possamos examinar tais compromissos com o devido zelo, dando cumprimento à determinação do governador Roberto Requião de resguardar o interesse público acima de qualquer outro”, completou o diretor.

Pimentel recebe vereador

O vereador André Passos (PT) reuniu-se ontem com o presidente da Copel, Paulo Pimentel, e tomou conhecimento das políticas públicas que serão implementadas na sua gestão durante o processo de reestruturação da empresa. Passos, juntamente com o advogado Guilherme Amintas, foram os autores das ações que impediram a privatização da estatal de energia elétrica.

“Nesta fase que o governador Requião entrega definitivamente esta estatal ao povo do Paraná, nós queremos nos colocar à disposição para contribuir. Temos consciência que não será fácil, mas também não foi fácil impedir a venda da Copel, e o povo do Paraná conseguiu,” diz Passos.

O presidente da Copel deixou claro, na audiência com o vereador petista, que quer comandar a empresa da forma mais aberta e democrática possível. “Eu desejo administrar a Copel com amplo diálogo e participação, e que a contribuição do vereador é de muito valor, porque sua luta pela Copel vem antes de minha gestão”, disse Paulo Pimentel.

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