Paulo Bernardo ainda espera apoio de Requião

A coligação anunciada pelo PMDB com o PSDB, no Paraná, pode inviabilizar um apoio do PT no segundo turno, caso o candidato do partido não seja o concorrente. A afirmação é do Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que esteve ontem em Curitiba visitando o hospital Erasto Gaertner. Bernardo disse ainda que tem esperanças que governador Roberto Requião, que concorre à reeleição, decida apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha.

"A esperança é que ele vá com o Lula, pois seria até mais condizente com sua postura. Mas isso só caberá a ele dizer", ponderou. O ministro avaliou como coerente a aliança do PMDB com os tucanos, já que Requião ganhará mais tempo na televisão. Mas, segundo ele, foi uma pena que a estratégia de vencer no primeiro turno não tenha dado certo. "Ele pensava em matar no primeiro turno, mas com a saída do Osmar Dias parece que isso não será mais possível", comentou.

Apesar dessa leitura, Bernardo remendou dizendo que não cabe a ele dar palpites, mas sim trabalhar para levar o nome de Flávio Arns. "Ele não é muito conhecido, e nosso papel será divulgar seu trabalho e propostas no Estado", falou. Apesar de apostar no crescimento de Arns, Bernardo não conseguiu ser convincente sobre a possibilidade do candidato do PT ir para o segundo turno. Bernardo lembrou da campanha de 2002, quando Padre Roque Zimmermann foi o candidato do PT e atingiu 17% dos votos. "No segundo turno nós apoiamos o PMDB e o Requião. Agora, se o PT não estiver no segundo turno, isso até poderia voltar a acontecer, mas fica impossível se eles forem com o PSDB", afirmou.

Sobre os escândalos envolvendo o governo, como o mensalão, que já começam a ganhar corpo na campanha dos adversários de Lula, o ministro acredita que poderão influenciar o eleitor apenas no início da campanha. "Isso vai funcionar por pouco tempo, porque a população quer saber o que irá acontecer com a segurança, saúde e educação, e não vai se envolver pelos ataques", finalizou. 

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