Paulo aponta desafios da Copel este ano

Umuarama

– O presidente da Copel, Paulo Pimentel, disse que a recuperação da rede elétrica, a melhoria da qualidade do atendimento e a criação de um canal direto de comunicação com os três milhões de clientes da empresa estão entre os principais desafios a serem enfrentados este ano. A afirmação foi feita anteontem à noite, durante homenagem prestada pelo grupo “Amigos do Pimentel” e pela Associação Comercial de Umuarama, presidida por Carlos Alberto Pimentel Gonçalves, no Country Clube local.

Paulo destacou que ao assumir a direção da estatal o maior obstáculo para organizar a casa foi a suspensão imediata dos contratos ?fantasmas?, como por exemplo o da UEG-Araucária e o firmado com a Cien. “O contrato feito com a Cien é o pior de todos. A empresa, de origem espanhola, comprava nossa energia por um preço baixíssimo e depois revendia por valores absurdos”, criticou. Pimentel visitou o escritório da Copel em Umuarama e as instalações do Hospital Cemil. Estava acompanhado pelo secretário da Comunicação Social, Airton Pissetti, e pelo deputado estadual Alexandre Curi (PMDB), entre outras autoridades.

Revisão de contratos

Nos primeiros cincos meses à frente da companhia de energia elétrica, Pimentel dedicou-se a rever os contratos assumidos pelos ex-diretores e discutir uma política que garantisse o retorno da empresa para o Estado, como prometeu o governador Roberto Requião (PMDB) durante a campanha. “Estamos nos restabelecendo e em breve vamos conseguir colocar tudo no lugar. Contratos já foram cancelados e outros encaminhados à Justiça”, afirmou.

De acordo com o presidente, este ano ele e os diretores assumiram o compromisso de melhorar a qualidade dos serviços prestados aos clientes, avaliados como ineficientes. Conforme Pimentel, o atendimento está em péssimas condições e a malha sucateada. “A fiação está precária, precisamos investir na estrutura e para isso já estamos buscando recursos através da economia obtida com o cancelamento dos contratos exploradores”, ressaltou.

Salientou que a Copel fechou 2002 com um prejuízo de R$ 302 milhões deixados pelos contratos, que deterioraram o patrimônio após a tentativa de privatização. Para este ano não há uma previsão de lucros, mas ele garantiu que a companhia não encerrará 2003 em déficit. Pimentel frisou que a Copel sempre foi considerada potência na área de energia elétrica e que o Paraná terá de volta a empresa que tentaram destruir.

Recuperação

No pacote de medidas discutidas por Pimentel para executar ainda este ano, está o investimento de R$ 240 milhões no segundo semestre em melhorais na rede de distribuição e transmissão de energia e o auxílio às empresas que se instalarem no interior do Estado, com desconto de 40% na fatura da conta. Também reafirmou a construção de usinas hidrelétricas para aumentar a produção. “Sempre fomos potência no setor de energia e não podemos perder essa posição. O País enfrentou sérias crises com o apagão e nós não tivemos qualquer problema. Nos últimos tempos tivemos somente prejuízos, mas agora o lucro voltará a ser realidade. O Estado tem 31% das ações e vamos brigar para defender os interesses do povo, somos majoritários”, finalizou.

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