Partidos madrugam em ano eleitoral

Em ano eleitoral, a movimentação dos partidos começa mais cedo. Com um calendário que, normalmente, só prevê atividades para depois do carnaval, as principais legendas do estado anteciparam em algumas semanas suas primeiras reuniões para já começarem a discutir as candidaturas nas eleições municipais de outubro. Ainda em janeiro, PDT, PSDB, PPS, PT e PMDB já têm encontros realizados ou marcados para discutir a campanha.

O primeiro a se mobilizar foi o PDT, que, na sexta-feira, realizou, em Matinhos, no litoral do estado, seu primeiro encontro visando as eleições. O presidente estadual da legenda, senador Osmar Dias, reuniu-se com o pré-candidato à prefeitura, Eduardo Dalmora, para traçar a estratégia e analisar o quadro da disputa no município. Dias pretende realizar reuniões como esta na maioria dos municípios do estado, onde promete candidaturas próprias do PDT.

Foto: Lepoldo Silva/Agência Senado

Sérgio Guerra: arrancada.

Para amanhã, está marcado o início das atividades do PSDB. A visita do presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, e de toda a direção tucana a Curitiba é a arrancada para o ano eleitoral. Os dirigentes tucanos vêm a Curitiba para avaliar a situação do partido no Paraná e iniciar as discussões em torno da campanha eleitoral de outubro. As reuniões que estão previstas para ocorrer ao longo de todo o dia deverão definir as principais diretrizes da sigla e as ações de apoio aos candidatos. ?O objetivo das nossas visitas é discutir ações e preparar o partido para o próximo pleito, em que serão escolhidos os prefeitos e vereadores?, destacou Guerra. ?Buscamos unidade, postura e linguagem comuns nas ações municipais, estaduais e nacional?, disse. A cúpula tucana está visitando todas as principais capitais do País.

?Se o PSDB trabalhar bem no Paraná, terá condições de mais do que duplicar o quadro de prefeitos e vereadores?, disse o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni. Atualmente o partido conta com 48 prefeitos e 139 vereadores. ?São números modestos que retratam uma época em que o partido não tinha presença no Estado todo. Agora que estabelecemos esta presença territorial, temos condições de desencadear ações no Paraná inteiro, com o apoio dos diretórios?, afirmou.

Foto: Arquivo

Rubens Bueno: evolução.

Quem também reúne-se amanhã é a executiva do PPS, que pretende formatar uma agenda política para este ano. A análise dos processos por fidelidade partidária (o PPS reivindica o mandato de mais de 80 vereadores) e o acompanhamento das prefeituras já administradas pelo partido são a prioridade da legenda em sua primeira reunião. O presidente estadual do partido, Rubens Bueno, explica que a executiva analisará a evolução dos índices de desenvolvimento dos municípios com prefeitos do PPS, ?com o propósito de divulgar os casos de sucesso e oferecer apoio no casos que não apresentarem melhoras?.

PT e PMDB planejam em uma semana

A aliança firmada entre PT e PMDB já começa com coincidência na data das reuniões das duas executivas, ambas marcadas para o dia 28. No PT, será a primeira reunião sob o comando de Gleisi Hoffmann, eleita no final do ano presidente estadual do partido. De férias com a família, a ex-candidata ao Senado já embarcou para Buenos Aires com a programação definida. O planejamento petista para as eleições de outubro será traçado na segunda-feira da próxima semana. ?Nós ainda estamos avaliando os municípios onde temos condições de disputa com candidaturas próprias. Nosso esforço será no sentido de ter candidatos no maior número possível de municípios. Mas queremos disputas viáveis, para poder também eleger boas bancadas de vereadores?, disse Gleisi após sua eleição. O PT do Paraná tem o ambicioso objetivo de quadruplicar o número de prefeitos que tem no estado. ?No mínimo, temos que tentar fazer 30% dos municípios?, disse. Hoje o PT tem 29 prefeitos e para chegar aos 30% teria de eleger 120.

O grande objetivo do PMDB, que administra a maioria dos municípios das regiões metropolitanas, é conquistar as grandes cidades do estado. Assim, o secretário-geral do partido, João Arruda indica que, a aliança com os demais partidos de esquerda deverá ocorrer apenas em um eventual segundo turno nas grandes cidades, ?à exceção de Maringá, onde o secretário de governo Ênio Verri (PT) é pré-candidato e podemos costurar uma aliança já no primeiro turno?. Em Curitiba, onde o partido tem cinco pré-candidatos, Arruda acredita que haverá consenso em torno de um nome, ?ou, no máximo, uma disputa entre dois candidatos?.

Painéis entre os pré-candidatos e cursos sobre a legislação eleitoral, orientações partidárias e informações sobre as obras do governo estadual que poderão ser citadas em campanha também estão na programação do partido. João Arruda aponta a eleição deste ano como um marco, por ser a primeira após a resolução sobre a fidelidade partidária.

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