Partidos discutem nomes para sucessão municipal

Os partidos estão em fase de busca de talentos eleitorais para o montar suas chapas de candidatos à Prefeitura de Curitiba, nas eleições do próximo ano. Se alguns já têm suas opções consolidadas, outros ainda procuram nomes para inserir na lista de possíveis pré-candidatos a prefeito do maior colégio eleitoral do Estado. O atuais donos do poder na prefeitura, o PFL e o PSDB, ensaiam uma aliança, mas constroem suas próprias candidaturas.

O PFL do prefeito Cássio Taniguchi não tem um nome pronto e está investindo na formação do vereador Osmar Bertoldi, caso não saia a coligação com os tucanos. Por sua vez, o PSDB tem o seu presidente estadual e vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, como nome preferencial, mas está tentando atrair o deputado estadual Luiz Carlos Martins, atualmente no PSL, para reforçar suas alternativas.

Bertoldi, empresário do setor de transporte coletivo e vereador em terceiro mandato, está fazendo cursos de oratória e de mídia-trainning para potencializar as chances de uma candidatura. Seu empenho é parte do esforço do partido para participar do processo eleitoral, sem ser obrigado a coadjuvar uma chapa do PSDB, como ocorreu na eleição para o governo no ano passado, quando forneceu o vice de Beto Richa.

No PSDB, Beto Richa não tem concorrentes internos. Cogitou-se que o ex-governador Jaime Lerner (PFL) ingressaria no partido para tentar uma volta à prefeitura de Curitiba. Lerner procurou o PSDB, continua conversando com suas lideranças nacionais, mas pessoas próximas a ele garantem que a eleição em Curitiba no próximo ano não está nos seus projetos. O ex-governador tem até o próximo dia 3 para trocar o PFL pelo PSDB.

Quanto ao deputado estadual Luiz Carlos Martins, sua transferência está sendo negociada pelo presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, que está à frente de todo o processo de novas filiações ao partido, sobretudo visando o crescimento da bancada estadual.

O PP, que integra a base do prefeito na Câmara Municipal, também ameaça lançar candidato próprio. O nome difundido pelo partido é o do vereador Ney Leprevost.

Discretos

O PDT e o PTB estão trabalhando em silêncio. No PDT, o deputado estadual Neivo Beraldin sugere que pode postular a indicação para concorrer. Mas o deputado Luiz Carlos Martins revela que também recebeu um convite do PDT para concorrer à prefeitura pelo partido.

O PTB está no leque de aliados do PT. O PTB, por enquanto, não se apresentou na disputa. Mas tem entre seus quadros o deputado estadual Carlos Simões.

Divisão

Os maiores adversários dos tucanos e pefelistas, o PMDB e o PT, não sofrem da falta de nomes, mas estão divididos quanto a abdicarem de suas candidaturas próprias em favor de uma aliança. No PT, os nomes são os deputados Ângelo Vanhoni e Florisvaldo “Rosinha” Fier. No PMDB, trabalha-se o nome do presidente estadual do partido, deputado federal Gustavo Fruet. Setores próximos ao governador Roberto Requião gostam de divulgar o nome da secretaria do planejamento e irmã de Gustavo, Eleonora Fruet, como uma das possibilidades do partido. Mas antes de fechar um nome e decidir sobre os acordos eleitorais, PMDB e PT tentam administrar suas disputas internas.

Aliados do PMDB e PT na disputa do ano passado para o governo, partidos menores como o PL e o PPS também pinçam seus nomes. O PL divulga que terá candidato e será o deputado estadual Mauro Moraes, que sempre aparece em sondagens informais de intenções de votos.

O PPS foi buscar Rubens Bueno em Campo Mourão para se inserir na disputa. Bueno transferiu seu título eleitoral para Curitiba na última sexta-feira e embora diga que não tem intenção de concorrer à prefeitura de Curitiba, é exibido pelo partido como uma promessa de candidatura.

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