Parlamentares estão pendurados no STF

Tramitam, hoje, no Supremo Tribunal Federal (STF), 318 inquéritos ou ações contra 150 parlamentares em exercício no Congresso Nacional. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo portal Congresso em Foco, são 20 senadores e 130 deputados federais com pendências com o Supremo. Destes deputados, oito são paranaenses.

A lista original do site apresentou o nome de 12 paranaenses. No entanto, o deputado Dr. Rosinha (PT) comprovou que o processo que respondia já foi arquivado e outros dois nomes não estão mais na Câmara dos Deputados: Barbosa Neto (PDT) renunciou ao mandato para assumir a prefeitura de Londrina. Já Cassio Taniguchi (DEM) está licenciado porque ocupa a Secretaria de Urbanismo do Distrito Federal e Alceni Guerra é o atual secretário do Planejamento da prefeitura de Curitiba.

O levantamento aponta Fernando Giacobo (PR) como o paranaense com mais processos. No entanto, o deputado garante que das cinco ações penais citadas pelo Congresso em Foco, apenas uma segue em andamento.

“Uma é dívida tributária, entrei no Refis, parcelei a dívida e o processo cessou. Os outros (por calúnia e difamação, apropriação indébita e cárcere privado) já foram ou estão sendo arquivados, com pareceres dos ministros e do Ministério Público já”, disse. “O único que ainda respondo é aquele junto com o Alceni Guerra (DEM), por conta da rodoviária de Pato Branco”.

Giacobo e Guerra respondem a ação por crime contra a Lei de Licitação por conta de a empresa de Giacobo ter sido vencedora e única concorrente de uma licitação para a administração da rodoviária de Pato Branco no período em que Alceni Guerra era o prefeito de cidade.

Guerra é o segundo em número de processos: responde a três ações e ainda é alvo de um inquérito por crime de trânsito. “Todos foram motivadas por denúncias de adversários políticos”, defendeu-se. Abelardo Lupion (DEM) também atribuiu a motivações políticas o processo que responde, por crime eleitoral na eleição de 1988. “Foi uma denúncia política e eu vou derrubá-la”, declarou. Eduardo Sciarra (DEM), citado por corrupção eleitoral, explicou que a denúncia já foi considerada improcedente em instância inferior e, consequentemente, o inquérito no STF deverá ser arquivado.

Alfredo Kaefer (PSDB) é réu de ação por crime contra o sistema financeiro, mas alegou que as supostas irregularidades em uma de suas empresas teria ocorrido antes de ele assumir a presidência. “mesmo assim, entendemos que não houve prejuízo a ninguém. Vamos nos defender”, disse.

Situação semelhante à de Ricardo Barros (PP) que também está com o processo suspenso por conta do parcelamento da dívida tributária. Luciano Pizzato (DEM) disse que seu processo é resultado de débito de empresa da família que já foi quitado.

Ainda constam no levantamento como alvo de inquéritos no Supremo os deputados Nelson Meurer (PP), por concessão, permissão e autorização e serviço postal e Takayama (PSC), por peculato e crime contra a ordem tributária.

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