Se o cenário para a sucessão do governador Roberto Requião (PMDB) em 2010 ainda é incerto, com indefinição sobre quem serão os candidatos e quem os apoiará, na disputa pelas duas cadeiras do Paraná no Senado que estarão em jogo no ano que vem, os postulantes já estão se definindo.

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Depois de os deputados federais Abelardo Lupion (DEM) e Gustavo Fruet (PSDB) anunciarem na última segunda-feira, ontem foi a vez dos presidentes estaduais do PT, Gleisi Hoffmann, e do PP, Ricardo Barros, comunicarem a disposição de disputar uma das vagas.

Os quatro nomes juntam-se ao próprio governador Requião, que deve renunciar ao mandato em abril do ano que vem para também disputar a eleição ao Senado, indicando que, apesar de serem duas vagas em aberto (encerram-se os mandatos de Osmar Dias (PDT) e Flávio Arns (PT) a disputa será apertada. Arns, inclusive, também não descarta a possibilidade de concorrer à reeleição, o que também pode acontecer com Osmar caso reveja seus planos de disputar o governo.

“Gostaria muito de ser senadora. Fiz uma campanha muito boa em 2006 e cargo representativo do Estado me possibilita fazer muito do que penso na política. Meu nome está à disposição”, disse Gleisi, ressaltando que a prioridade do PT do Paraná é construir palanque forte para a candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República.

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“O ideal seria os partidos da base de apoio ao governo Lula saírem juntos. E a candidatura ao Senado pode fazer parte dessa composição. Não teria nenhuma dificuldade em abrir mão para manter PT, PMDB, PDT e PP unidos”, comentou, sinalizando que, no caso, disputaria a eleição para deputada.

A presidente estadual do PT que em 2006 polarizou uma disputa pelo Senado com Alvaro Dias (PSDB) concorda que a eleição de 2010 será muito mais disputada. “Embora sejam duas vagas, teremos vários nomes de expressão na política estadual e nacional. Será uma bela disputa.”

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Já o deputado Ricardo Barros declarou que, independente das coligações que se formarem, disputará uma vaga ao Senado. “Pretendo concorrer ao Senado, já estou trabalhando nisso, já fiz a campanha do ano passado visitando todos os municípios paranaenses.

Vou concorrer ao Senado, apoiado pelo meu partido e pela coligação que nós entendermos for a mais adequada e mais interessante para o Paraná”. Vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, Barros preside o PP, que apoiou a reeleição do tucano Beto Richa, em Curitiba.

Na reunião de sua executiva estadual, segunda-feira, o DEM definiu que irá indicar o seu presidente, deputado Abelardo Lupion, como candidato ao Senado na aliança formada com PSDB, PDT e PPS. Quem também aproveitou a reunião de seu partido para anunciar candidatura foi o tucano Gustavo Fruet.

“Mas tudo vai depender da composição para as eleições estaduais, numa discussão que deve ir até o ano que vem”, lembrou. Para Fruet, independente de como fechar a coligação e do lançamento ou não de candidatura própria ao governo, o PSDB precisa ter candidato ao Senado. “O próximo presidente será do PSDB e precisará de maioria no Congresso”, vislumbrou.