Para Roberto Freire, Dirceu “confessou mensalão” em declarações

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, considerou as declarações do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) como uma "confissão do ‘mensalão’" e afirmou que elas precisam ser incluídas no processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre esse suposto sistema de corrupção.

Em entrevista à revista Piauí desse mês, Dirceu teria afirmado que recursos provenientes de caixa dois financiaram a construção da sede do PT em Porto Alegre. "Aquelas ‘doações’ que Delúbio ia buscar junto aos empréstimos têm de ser investigadas", afirmou, referindo-se ao ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do partido Delúbio Soares.

Freire declarou que o Ministério Público (MP) deve convocar o ex-deputado do PT de São Paulo, além de Delúbio e dos empresários envolvidos para darem novas explicações. "Isso deu na cassação do ex-presidente Fernando Collor. O PC Farias fazia isso", disse, citando o empresário Paulo César Farias, o PC, que foi tesoureiro da campanha de Collor.

"A entrevista de Dirceu é uma notícia-crime. Havia pressão de doação de empresários para o governo. Ou alguém vai dar doação tão voluntária e desprovida de interesse?", questionou o presidente nacional do PPS. Freire afirmou ainda que os empresários só faziam os donativos porque sabiam que o ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT era o representante do governo. "Dirceu reconheceu-se como chefe, mas existe o chefe dos chefes, que é Lula e que não disse nada. Não tenho nenhuma dúvida (de que Lula sabia). O presidente era ele (Lula)", completou.

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