Para Requião, Palocci é “inacessível”

O governador Roberto Requião (PMDB), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje ser difícil conversar com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que vem propondo diálogo para chegar a um ponto de consenso na reforma tributária. “É o ministro inacessível do governo Lula, e diálogo pressupõe conversa entre duas partes”, afirmou Requião. “Eu, como governador do Paraná, já liguei umas 15 vezes para conversar sobre questões que interferem na administração do Estado, questões banais, e não consegui a resposta de um telefonema.”

Segundo o governador, a reivindicação do Paraná é que a reforma sirva para o Brasil. “Achamos que temos, neste momento, que lidar com questões gerais e a essência do problema. A essência do problema fiscal no Brasil está na sonegação e na guerra fiscal”, acentuou. “É um problema que aflige o Paraná e o conjunto dos governos.”

Requião defendeu como essencial na reforma tributária a aplicação da substituição tributária – “a cobrança na origem e a participação do Estado no destino, neste fundo criado”. De acordo com ele, o sistema já vem sendo aplicado com automóvel, bebida e cigarro. “É um sistema eficiente e acaba com a sonegação.” O governador paranaense disse não ver dificuldade em ajustar os interesses dos Estados depois que forem resolvidos os problemas gerais. “Não vi até agora, nas reuniões da qual participei, nenhuma reivindicação mesquinha por parte dos governadores”, afirmou. “Vamos primeiro fazer a reforma essencial, depois evidentemente teremos reivindicações das unidades da federação que representamos que serão levadas ao governo federal.”

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