Candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva afirmou neste sábado, 18, que permitir que a população se arme como forma de combater a violência é transferir para os cidadãos a responsabilidade do Estado.

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“Não existe essa história de uma população vulnerável que tem 63 mil pessoas assassinadas por ano, de ver que 33 mil jovens são assassinados por ano, dizer que a forma de resolver a violência é a população se armando em legítima defesa”, afirmou Marina em Macapá (AP), onde participou de um comício neste sábado. “Desse jeito é transferir para a sociedade, que já está vulnerabilizada, a responsabilidade de fazer aquilo que o Estado deveria fazer”, completou.

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A candidata deu entrevista para a imprensa local e o áudio foi distribuído por sua assessoria de imprensa.

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O posicionamento de Marina é uma resposta direta ao que defende seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL). No debate entre os presidenciáveis realizado pela Rede TV! na noite desta sexta, 17, o deputado federal perguntou à candidata se ela concordava com a necessidade de armar cidadãos.

Os dois protagonizaram o principal embate do programa. Ao ser escolhida por Bolsonaro para responder a uma pergunta, Marina aproveitou a chance e deu uma resposta dura contra uma fala anterior do candidato que minimizou a questão da desigualdade salarial entre homens e mulheres.

“Há um desrespeito com a democracia, com a verdade ao dizer que não se precisa se preocupar porque já está resolvido na CLT. Não está resolvido”, disse Marina.