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Acorrentado, palhaço protesta contra Decreto que dificulta arte de rua em Curitiba

Carlos Alberto Gomes, o Palhaço Chameguinho, resolveu se acorrentar para chamar a atenção do poder público. Foto: Marco Charneski/Tribuna do Paraná
Carlos Alberto Gomes, o Palhaço Chameguinho, resolveu se acorrentar para chamar a atenção do poder público. Foto: Marco Charneski/Tribuna do Paraná

Dormindo em uma barraca na Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba, desde o início da semana, o palhaço Chameguinho faz um protesto contra um decreto da Prefeitura de Curitiba que altera as regras para a atuação de artistas de rua na cidade. Ele se acorrentou e disse que só vai deixar o local quando o decreto for revogado.

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Ele e diversos artistas de rua se reuniram para colher assinaturas de pessoas que apoiam o manifesto contra as novas regras. O palhaço garante que 12 mil pessoas já assinaram o documento. No local os artistas ainda contaram que a Secretaria Municipal de Urbanismo e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente começaram a fazer fiscalizações na semana passada.

“Fui surpreendido por esta situação e decidimos protestar, fazendo show e colhendo assinaturas. Mas como não estava funcionando. Eu me acorrentei aqui e entramos com uma ação judicial, pois estamos tentando negociar. Hoje existem 80 artistas que apoiam a causa. Eu sou pai de família, tenho duas crianças em casa, como que eu vou viver? Esse é o meu palco, eu quero meu direito de me apresentar”, desabafou Carlos Roberto, conhecido como Chameguinho.

O decreto estabelece que artistas de rua trabalhem em revezamento e que cada lugar da cidade tenha no máximo dois artistas trabalhando por dia, com horários definidos e mediante um cadastramento na Prefeitura.

Procurada pela reportagem, a Fundação Cultural de Curitiba afirmou que está em “diálogo com os artistas por meio do Conselho Municipal de Cultura e com os comerciantes por intermédio da Associação Comercial do Paraná”. Ao contrário do que chegaram a divulgar na tarde desta quarta-feira (30), não houve a suspensão do Decreto. Porém, a FCC contou que negocia para que haja um consenso ‘que atenda a todos”.

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