Palácio discute presença de Requião nas campanhas

A coordenação política da Casa Civil ainda não definiu a agenda da participação do governador Roberto Requião (PMDB) na campanha eleitoral, mas a principal orientação já foi estabelecida: nas cidades onde houver mais de um candidato aliado ao governo, o apoio preferencial de Requião irá para o candidato do seu partido, o PMDB.

O secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, conclui até a próxima semana o mapa geral das candidaturas, que vai mostrar como estão distribuídos os palanques aliados e os possíveis pontos de conflito entre os aliados. Dependendo do grau de atrito, o governador pode riscar algumas cidades do mapa eleitoral, informou Quintana. “Em alguns lugares, estrategicamente, pode haver a ausência do governador”, disse. “Em outros, ele não vai fazer uma participação política contra os aliados, mas a favor do PMDB”, acrescentou.

Quintana observou que a disputa dos candidatos peemedebistas pelo apoio do governador deve ser mais intensa com o PT e PPS, as duas siglas que deram sustentação a Requião no segundo turno da campanha eleitoral de 2002. Já no período pré-eleitoral, antes do registro das candidaturas, o PT e o PMDB se desentenderam em vários lugares no momento de definir as coligações. Como por exemplo em Londrina, segundo maior colégio eleitoral do Paraná, onde o PT e PMDB são adversários.

Peemedebistas têm reclamado que os petistas não foram flexíveis nas negociações e se recusaram a ceder a cabeça-de-chapa para o PMDB, dificultando acordos e alianças. Já a direção estadual do PT tentou envolver o governador nas discussões antes das convenções, mas Requião não quis interferir nas articulações que se complicaram em várias cidades resultando em palanques separados.

Horas vagas

O secretário da Casa Civil afirmou que a participação de Requião na campanha será como “filiado ao PMDB” e que se dará nas folgas noturnas e nos finais de semana. E que cada passo do governador na campanha será muito bem estudado para não dar margem a infrações à legislação eleitoral. “Como eleitor e filiado ao PMDB, não há nenhum inconveniente em que o governador participe da campanha. Nós sabemos muito bem como separar as ações administrativas da campanha”, afirmou Quintana.

Conforme o secretário, a Casa Civil vai organizar a agenda eleitoral de Requião nos intervalos das atividades do governo. “Não haverá ações governamentais para auxiliar prefeitos candidatos. E assim será também com os secretários. Todos temos responsabilidades”, comentou.

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