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Padilha: gasto com ações emergenciais para venezuelanos é de R$ 70 milhões

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou na tarde desta quarta-feira, 21, em coletiva no Palácio do Planalto, que o Comitê Federal de Assistência Emergencial que trata da crise dos refugiados venezuelanos deve custar aos cofres públicos inicialmente R$ 70 milhões e que uma das primeiras ações deve ser a construção de dois abrigos – um em Boa Vista e um em Pacaraima – para que seja feita a triagem dos refugiados. Segundo ele, é preciso vencer “essa invasão”.

O ministro informou ainda que o processo de interiorização dos venezuelanos – ou seja, a transferência de refugiados para outros Estados – deve começar a acontecer num prazo de até 15 dias.

De acordo com a subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Natalia Marcassa de Souza, São Paulo e Amazonas serão os primeiros estados a receberem os imigrantes. A expectativa, segundo Natália, é que São Paulo receba cerca de 350 refugiados e o Amazonas 180.

Padilha disse ainda que a Casa Civil vai cuidar dos detalhes logísticos das operações, mas que o comando foi entregue ao Ministério da Defesa, “na pessoa do general de brigada, Eduardo Pazuello”.

O ministro disse que o governo tem a intenção de deslocar os imigrantes para outras áreas do País, mas salientou que isso só pode ser feito com aqueles que têm condições e o desejo de serem transferidos.

A Casa Civil informou ainda que já estão sendo feitas ações de ordenamento de fronteira, lembrou que já há vacinação sendo aplicada nos venezuelanos e também acolhimento imediato para os primeiros socorros.

Natália destacou que a Polícia Federal iniciou esta semana o registro de quem já entrou no País. A estimativa é que já tenham entrado no Brasil cerca de 40 mil venezuelanos.

Triagem

Padilha destacou que é preciso identificar exatamente o perfil dos imigrantes e ressaltou que alguns vêm para o Brasil não para permanecer, apenas para receber benefícios como o Bolsa Família. Segundo Padilha, há diferentes perfis dos que buscam abrigo no Brasil. “Tem os que vem buscar comida para família, ou medicamentos ou tratamento de saúde; as pessoas que vieram para ficar ali na região, especialmente famílias indígenas, e aqueles que querem se internalizar para cidades onde possam ter ocupação”, destacou o ministro.

Participaram desta primeira reunião do Comitê: Gilson Libório, Secretário-Executivo (suplente) do Ministério da Justiça e Segurança Pública; Almirante Ademir Sobrinho, Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (suplente) do Ministério da Defesa; Aloysio Nunes, Ministro das Relações Exteriores; Mendonça Filho, Ministro da Educação; Helton Yomura, ministro interino do Trabalho; Osmar Terra, Ministro do Desenvolvimento Social; Ricardo Barros , Ministro da Saúde; Dyogo Oliveira, Ministro do Planejamento; Helder Barbalho, Ministro da Integração Nacional; Gustavo do Vale Rocha, ministro interino dos Direitos Humanos; Sérgio Etchegoyen, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

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