Osmar lança candidatura e quer ampliar sua aliança

Embalado por uma aliança com o PP, que garante, no mínimo 2 minutos e 23 segundos no horário eleitoral gratuito, o senador Osmar Dias (PDT) confirmou ontem sua candidatura ao governo do Paraná, durante uma reunião realizada no plenarinho da Assembléia Legislativa. Osmar aposta ainda que poderá fechar uma coligação com o PSB, o Prona e o PTB, além de atrair o apoio informal do PSDB.

No anúncio da candidatura, além de deputados e dirigentes do PP, Osmar recebeu o apoio do senador tucano Alvaro Dias e do presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni. A candidatura de Osmar será homologada na convenção marcada para o próximo dia 30 e se todas as alianças pretendidas pelo senador forem seladas, ele terá cerca de cinco minutos do horário eleitoral.

O senador pedetista disse que o candidato a vice-governador será indicado depois que concluir as negociações com o PSB. Osmar afirmou que, além de ser um nome de confiança do candidato ao governo, o indicado para vice tem que ser também uma opção a qual aglutine os demais partidos da aliança que está formando para disputar o governo. Um dos nomes cogitados ontem foi o do ex-prefeito de Toledo, Deli Dornin, do PP.

Osmar afirmou que está pedindo, e não cobrando, o aval informal de todo o PSDB à sua candidatura, incluindo aqueles que defendem a aliança entre tucanos e peemedebistas. O senador também afirmou que, apesar de o PFL já ter acertado uma coligação com o PPS, em torno da candidatura de Rubens Bueno ao governo, ainda espera contar com a ajuda informal do PFL. "Só não estamos coligados informalmente porque a verticalização não deixa", disse.

Emoção

O senador Alvaro Dias fez um discurso emocionado ao defender a candidatura do irmão. Disse que em homenagem ao pai, Silvino Dias, que tem 95 anos e está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de Maringá, vai fazer o "impossível" para eleger o irmão ao governo do Estado. Alvaro chorou quando mencionou a doença do pai. "Este é um momento difícil para mim e o Osmar. O nosso pai está vivendo os seus últimos momentos de vida. Em homenagem a ele, faria até o impossível para ajudar o Osmar a ser governador", disse.

Alvaro afirmou que, independente do resultado da convenção do PSDB, marcada para o dia 29, seu apoio a Osmar é irreversível. "Mesmo que isso custasse a minha candidatura", afirmou o senador tucano, que agora pretende aprovar a coligação informal com o PDT na convenção do seu partido, que tem uma ala defendendo o apoio à reeleição do governador Roberto Requião.

Alvaro disse que o PSDB é o principal responsável pela candidatura de Osmar ao governo, por ter sido o primeiro a cogitar o lançamento do senador pedetista ao Palácio Iguaçu. "Seria falta de inteligência abandonar este projeto agora", disse o senador tucano, acrescentando que o PSDB se comprometeu a estar com Osmar já há dois anos.

Durante a reunião do PDT, Rossoni prometeu apoio a Osmar, em nome do partido. Ele se expressou como se já considerasse descartada a aliança com o PMDB. " Temos a convenção no dia 29, que vai decidir. Mas eu espero que o partido declare o apoio formal à candidatura do senador Osmar Dias porque o que importa é a proposta para o estado", corrigiu.

Voltar ao topo