Candidato à reeleição ao Senado, o senador Osmar Dias (PDT) disse ontem que vai desenvolver sua campanha à parte, sem vínculos com seu companheiro de chapa, o deputado estadual Toni Garcia (PPB).
“Respeito a aliança, mas já disse que quero manter minha coerência. Acho que fica melhor cada um cuidar da sua campanha”, justificou o senador. Na convenção do último sábado, Osmar disse que perdoava as críticas que recebeu de Garcia, mas deixou claro: aceitar as desculpas, mas não trabalha junto.
O senador disse que vai fazer normalmente a campanha dos candidatos a deputado federal, estadual e ao governo – o senador Alvaro Dias – mas na disputa para o Senado prefere caminhar sozinho. “Não é nenhuma surpresa para ninguém. Deixei claro no meu discurso, na convenção de sábado, qual é minha posição. Sou um homem que, antes de falar, penso. E não mudo de opinião. Não abro mão de minha coerência”, afirmou.
Osmar e Garcia entraram em atrito depois que o pepebista apareceu no programa eleitoral gratuito do seu partido criticando a atuação dos três senadores do Paraná, dizendo que eles faziam “gol contra” o Estado. O deputado e o senador tiveram uma conversa na véspera da convenção conjunta do PDT-PTB-PPB, na sexta-feira passada, na qual acertaram que não ficariam trocando agressões e respeitariam a coligação. Mas não houve acordo quanto a uma ação comum na campanha.
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O deputado estadual Toni Garcia disse que não vai polemizar com o pedetista. “Não vou ficar entrando em atrito com o senador. Estamos juntos na mesma coligação. Eu também não abro mão da minha coerência. E acho natural que cada um faça a sua campanha”, afirmou o deputado, que faz uma ressalva: acha difícil que o eleitor desvincule as duas candidaturas. “Estamos unidos em torno de um ponto comum, que é a eleição do Alvaro ao governo. Automaticamente, estamos vinculados a esta chapa ao governo. E eu não vou negar minha coligação com o Alvaro e o Osmar. Já tem prefeitos querendo fazer campanha para nós dois. Acho isso ótimo”, comentou.