Osmar diz que PDT é oposição na Assembleia

O senador Osmar Dias (PDT) considerou precipitadas as manifestações de integrantes da bancada estadual do partido que expressaram tendência de alinhamento ao futuro governo de Beto Richa (PSDB).

Adversário do tucano na campanha eleitoral, Osmar divulgou nota criticando as declarações, consideradas “prematuras e extemporâneas” e declarou que o PDT saiu das urnas com a obrigação de fiscalizar o próximo governo.

De acordo com o senador, a aliança com o PMDB e o PT feita em torno da sua candidatura ao governo, ainda não foi desfeita e continua. “Minha candidatura ao governo do Estado não foi uma decisão pessoal, nem fruto de vaidades construídas por falsos e interessados elogios. Mas uma decisão amadurecida e duramente trabalhada por uma aliança de partidos que compõem a base do governo Lula. Esta aliança continua”, afirmou Osmar, convocando o grupo a trabalhar pela eleição de Dilma Rousseff à presidência da República.

Osmar disse que defender o projeto que Dilma representa é um compromisso do partido. “O PDT do Paraná teve importante participação no processo eleitoral no primeiro turno das eleições no Estado. Com mais de 45% dos votos representou a defesa de um Projeto Nacional e Estadual. A eleição para a presidência da República só será decidida em 31 de outubro. O PDT tem um compromisso: Apoiar a candidata Dilma Rousseff, como já fizemos no primeiro turno, com toda a lealdade”, conclamou o senador pedetista.

Anteontem, deputados do partido, entre eles o presidente estadual, Augustinho Zucchi, e Fernando Scanavaca, disseram que, individualmente, não têm motivos para integrar a bancada de oposição ao governo de Beto Richa.

“Declarações que tomei conhecimento pela imprensa de alguns integrantes do nosso partido com relação a futuro posicionamento político na Assembleia Legislativa não refletem nenhuma decisão partidária”, afirmou o senador.

Desautorizados

Nenhum membro do diretório estadual está autorizado a defender posições de apoio ao futuro governo, disse o senador pedetista. Ele destacou que o projeto defendido pelo PDT foi diferente daquele proposto pelo PSDB no Estado e no País. “Espero que os pedetistas tenham defendido o projeto do partido e não do PSDB”, ironizou.

Para o senador, deve haver coerência entre o resultado das urnas e a posição dos deputados e dos partidos. Não é possível que o eleitor aponte para a oposição e o eleito vá para a situação, comentou o pedetista.

Ele acha que os deputados do PDT foram encarregados pelos eleitores de fiscalizar o cumprimento das promessas de campanha do próximo governo, como o reajuste de 25% prometido pelo tucano aos professores da rede estadual de ensino.