Osmar diz que não foi convidado para assumir ministério

O senador Osmar Dias (PDT) disse ontem que não postula cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas que irá se submeter à decisão da direção do partido. ?Eu estou quieto no meu canto. Comentários sempre existem, mas não recebi convites e não estou fazendo nenhum movimento para ser convidado. Mas o PDT tem consciência do meu valor e eu respeito a orientação do partido?, declarou o senador, que tem seu nome listado pela direção nacional do partido para ocupar um ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na reunião realizada ontem entre o presidente Lula e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e os líderes do partido no Senado, Jefferson Péres, e na Câmara, Miro Teixeira, foram citados como espaços que poderiam ser destinados ao PDT os ministérios do Trabalho, Previdência, Minas e Energia, Educação e Transportes. Mas Lupi afirmou que o partido não tem solicitações específicas sobre as áreas que pretende ocupar, mas apenas considera necessário que sejam ministérios que combinem com a história do partido.

Para o senador paranaense, o PDT deveria dar prioridade aos partidos que apoiaram a candidatura de Lula à reeleição no segundo turno. Ele citou que o PDT se omitiu no segundo turno ao liberar o apoio e acha que seria mais coerente se o partido não indicasse cargos na equipe de Lula. ?Eu tenho mantido essa posição, mas não sou o único que decide. Apoiei o Geraldo Alckmin (candidato tucano à presidência da República). O Lula também não me apoiou?, disse o candidato, referindo-se à aliança entre PT e PMDB para o governo do Estado.

Osmar citou que se o presidente o convidar para um ministério, já é sabido que apoiou o candidato tucano no segundo turno. No primeiro turno, o candidato do PDT foi o senador Cristovam Buarque.

Coalizão

O presidente nacional do PDT disse às agências de notícias que não é ?prioritário? assumir cargos no governo para participar da coalizão. Lupi afirmou que o presidente Lula ainda está ?montando o quebra-cabeça da reforma ministerial? e que pretende, logo após os feriados do carnaval, reunir-se novamente com o PDT.

Indagado se o PT estaria disposto a ceder espaço no governo em favor da coalizão, o presidente do PDT respondeu: ?Eu acho que o PT há de compreender que estamos vivendo um fato novo na política brasileira: um governo de coalizão composto por 11 partidos. O PT compreenderá, já que o presidente da República, que é o principal cargo, é do PT. E ele mesmo está preocupado em fazer uma coalizão, com a representação de todos os partidos?. 

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