União

Osmar Dias sonha unir PSDB e PT no palanque em 2010

Pré-candidato à sucessão estadual de 2010, o senador Osmar Dias disse que está menos preocupado com alianças eleitorais do que com a elaboração de um projeto de governo.

Osmar convocou pedetistas de todo o Estado para uma reunião em Curitiba na próxima segunda-feira, dia 17, quando pretende dar as coordenadas para a construção da candidatura e de um programa de desenvolvimento para o Estado.

“Eu quero apresentar um projeto para o Estado. Se puder ter o apoio do PT ótimo, do PSDB, ótimo.”, afirmou o senador que tem um acordo instável com o PSDB, é cortejado por setores do PT e está nas cogitações de alguns peemedebistas.

“Se o Aécio conseguiu fazer isso, por que eu não posso no Paraná”, brincou o senador pedetista, ao comentar o desafio que seria juntar tucanos e petistas no Paraná no mesmo palanque em 2010, como fizeram o governador mineiro Aécio Neves e o prefeito de Belo Horizonte, o petista Fernando Pimentel. “O que eu quero dizer é que as pessoas estão mais preocupadas com alianças do que com projetos. No meu caso é o contrário”, disse.

A hora de costurar alianças ainda não chegou, disse Osmar, empenhado em não acirrar o debate sobre a sobrevivência do acordo com os tucanos até 2010, depois que a reeleição do prefeito de Curitiba levou algumas alas a cultivar a idéia da candidatura própria de Beto Richa ao governo.

“Quando for o momento, sentamos para conversar. Se houver interesse de todas as partes de manter a aliança, será mantida. Se houver espaço para conversar com outras correntes de pensamento, tudo bem”, disse.

Osmar hesita em listar o PMDB entre as forças que poderiam fechar um acordo com ele para 2010. “A iniciativa do PMDB foi lançar o vice-governador Orlando Pessuti para o governo. Para mim, é isto que está valendo. Mas ainda é cedo e eu quero trabalhar com calma. Não vou ser afoito. Não vou entrar neste ritmo porque faz as pessoas cometerem erros”, disse.

Há alguns meses, Pessuti sugeriu que poderia ser o candidato ao governo com apoio de Osmar e do governador Roberto Requião dividindo uma chapa ao Senado.

O senador afirmou que já percebeu uma rede de intrigas tentando enfraquecer o grupo no qual vem investindo desde a eleição de 2004, quando apoiou, pela primeira vez, Beto Richa na disputa à prefeitura. “Agora, eu tenho que tomar cuidado até com os comentários que faço”, emendou.

O encontro de Osmar com os pedetistas será no restaurante Castelo Treviso, em Santa Felicidade. O ex-presidente nacional do PDT e atual ministro do Trabalho, Carlos Lupi, poderá ter uma participação especial na reunião. Ele estará em Curitiba para o lançamento da Cartilha de Combate ao Trabalho Infantil e do Programa Boas Práticas e Saúde no Trabalho.