O processo de privatização somente empobreceu a sociedade porque as empresas públicas mais rentáveis foram cedidas ao capital estrangeiro e, a partir de então, os lucros mandados para o exterior. A análise foi feita pelo senador Osmar Dias (PDT) em encontros que teve ontem com dirigentes e filiados a vários sindicatos que representam os 10 mil trabalhadores do Porto de Paranaguá. A eles e a um grupo de empresários empresários da Associação Comercial e Industrial com os quais se reuniu na cidade enfatizou que ?o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi usado como instrumento para financiar a privatização das companhias estatais, pouco se exigindo dos compradores?.

Para Osmar, a manutenção do controle administrativo da área portuária com o governo do Estado, bem como a melhoria da infra-estrutura ?que reclama atualização constante?, é uma das garantias do êxito do projeto de desenvolvimento que o governador Álvaro Dias vai apresentar à sociedade, ?tendo em vista que o porto sempre funciona como uma espécie de termômetro da economia: se ele vai bem, os demais setores da economia também vão?. Disse, ainda, que lutará pela extensão dos trilhos da Ferroeste até Guairá, a fim ?de atrair para Paranaguá a soja produzida em Mato Grosso do Sul e no Paraguai, cujo escoamento é feito pela hidrovia Tietê-Paraná e depois por rodovia até Santos?.

O senador também ouviu reclamações dos empresários sobre o encarecimento do custo do frete ferroviário durante o período da safra, equiparando-se ao preço do frete rodoviário. Osmar lembrou outra disparidade do processo ao referir-se à construção da ferrovia ligando Guarapuava a Cascavel, ?que custou ao governo estadual US$ 300 milhões e foi alugada a um grupo particular por 25 anos pela quantia de R$ 25 milhões?.

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