O senador Osmar Dias (PDT) é o segundo paranaense entre os vários nomes que estão sendo cogitados para assumir o Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento. Depois do vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), o senador pedetista também foi sondado, caso o PDT aceite integrar a base do governo. Outros nomes que também vêm sendo cotados são o do ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (PMDB) e do deputado federal Delfim Neto (PMDB-RJ).
A informação de que Osmar teria sido sondado pelo governo federal, foi publicada ontem pelo colunista de O Estado Fábio Campana. Segundo o colunista, o presidente Lula estaria disposto a oferecer o Ministério da Agricultura ao PDT e o nome de Osmar seria o mais cotado dentro do partido para assumir o cargo. Porém, não é a primeira vez que o presidente Lula estuda a possibilidade de chamar Osmar para o Ministério. Quando Roberto Rodrigues deixou a pasta, Osmar foi sondado, mas teria recusado por preferir disputar o governo do Estado.
A assessoria do senador não confirmou o convite a Osmar e disse que o senador está em Curitiba descansando e não tem tido contatos políticos. Segundo a assessoria, Osmar vai aguardar a reunião do Diretório Nacional, que acontece no dia 12 deste mês, para avaliar o cenário nacional. No encontro, será decidido se o PDT vai integrar a base do governo. A indicação de um pedetista para algum Ministério deverá também ser discutida na reunião. O PDT preferiu ficar independente no segundo turno das eleições, de modo que os políticos do partido se dividiram entre apoiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o candidato tucano Geraldo Alckmin. Osmar preferiu a aliança com Alckmin. Caso o apoio do PDT ao governo se consolide e o convite a Osmar seja concretizado, o senador terá de tomar uma decisão difícil.
Impedimentos
?Osmar tem todas as condições técnicas, assim como eu?, afirmou ontem o vice-governador Orlando Pessuti, lembrando da formação que ambos têm em ciências agrárias. ?Mas, pessoalmente, acredito que se for convidado, Osmar não vai aceitar, já que ele ficou contra o Lula nas eleições. De qualquer forma, quem tem de decidir é o presidente da república?, declarou.
Pessuti afirmou que mesmo que Osmar fosse nomeado, não haveria problemas de relacionamento, já que a relação seria institucional. ?Seja quem for o ministro a relação vai permanecer. Nós tivemos dificuldades com o ministro Roberto Rodrigues, mas isso não fez com que deixasse de haver um relacionamento com o ministério?, disse.
Para o vice-governador, o fato de ter dois paranaenses cotados para o Ministério da Agricultura, demonstra a importância do Estado no setor do agronegócio. ?É um reconhecimento da importância do Estado. Vez por outra o Jorge Samek (PT) também é citado para assumir o ministério?, lembrou. Pessuti afirmou ontem em entrevista à Rádio CBN que se for chamado, vai aceitar o convite.