Sucessão

Osmar Dias acredita que terá apoio de PT e DEM

Pré-candidato do PDT ao governo do Estado, o senador Osmar Dias, classificou como “mais um passo” rumo à aliança a reunião que teve quarta-feira com os presidentes nacional e estadual do PT (José Eduardo Dutra e Ênio Verri) e disse estar convicto de que também terá o apoio do DEM nas eleições de outubro, apesar das brigas internas no Democratas.

Osmar lembrou que tem o compromisso dos dirigentes democratas no Paraná e em Brasília e provocou os adversários dizendo “e eles cumprem os compromissos”.

“Quem fala pelo DEM no Paraná, até onde sei, é o presidente do partido, que é o Lupion (Abelardo, deputado federal). E ele tem palavra, cumpre compromisso. Além disso, não fui eu que procurei o Rodrigo Maia (presidente nacional do partido) e o ACM Neto (líder na Câmara), foram eles que me telefonaram dizendo que me apoiam, o que o Rodrigo Maia também já declarou publicamente em dois eventos aqui no Paraná”, disse o senador sobre a briga interna no DEM, onde muitas lideranças nacionais preferem a aliança com o PSDB.

Sobre uma possível incoerência em tentar reunir DEM e PT num mesmo palanque, Osmar disse que, “quem comandar a aliança é o PDT. Aqueles partidos que quiserem somar, serão bem vindos. E não será a linha ideológica de um ou de outro quer irá interferir no nosso pensamento e na nossa decisão. Eu não faço aliança em troca de mudar minhas convicções. PT, DEM, quem quiser fazer aliança com o PDT tem que saber que o que deve prevalecer são as convicções de quem é o candidato ao governo”. Sobre a carta de princípios que será elaborada junto com o PT, Osmar destacou alguns pontos que serão obrigatórios: ampliar os programas sociais, não vender mais empresa pública, transparência na administração e participação da população. Questionado se o DEM aceitaria esses princípios estabelecidos pelo PDT e pelo PT, Osmar disse que o partido de Lupion ainda poderá colaborar com a carta. “Eles vão ler, concordar ou não, e ainda podem contribuir, aperfeiçoar. Não me cabe fazer análise do que o DEM pode pensar”.

Sobre a conversa com o PT, Osmar disse ver avanços a cada reunião. “Sempre disse que uma aliança tem que ser construída passo a passo, em cima de um projeto. Ontem (anteontem), demos mais um passo”, declarou.

“Estou conversando com o PT de uma forma muito séria e tudo pode ser publicado e divulgado. Espero que todos os candidatos possam fazer isso. Já começamos a escutar alguns ruídos de alianças feitas na obscuridade”, acrescentou, sem dizer o que tem escutado. “Não quero entrar nessa questão. Ouço, deleto e continuo fazendo a minha parte, da forma como tem que ser feita”.

O senador lembrou, também que, enquanto outros partidos discutem qual cenário seria mais positivo para que se atinja o objetivo nacional, o PDT tem como objetivo nacional a eleição do governador do Paraná.

“Nos outros partidos, a prioridade pode ser outra: eleger o presidente, eleger a senadora. Mas o que temos como prioridade no PDT é a eleição do governador do Paraná. Para quem quer estar conosco, exigimos contrapartida na dedicação, no entusiasmo e no comprometimento e compromisso, que muitos esqueceram há muito tempo”, concluiu.