Orlando Pessuti (PMDB) é o novo governador do Paraná. Ele tomou posse ontem, em substituição a Roberto Requião (PMDB), que renunciou ao cargo para disputar vaga no Senado nas eleições de outubro.

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Pessuti tomou posse em sessão na Assembleia Legislativa do Paraná (AL), com leitura da carta renúncia de Requião e juramento perante os parlamentares, seguida por solenidade de transmissão de cargo, no Palácio das Araucárias.

“Recebo a missão legal de governar o Paraná, iniciando um novo ciclo de transformação, onde pretendo deixar a marca desse simples homem do campo que hoje se torna governador de fato e de direito”, disse Pessuti, que fez do ato um evento musical.

No plenário da AL, o governador cantou a música “Tocando em Frente”, de Almir Sater e Renato Teixeira, junto com o Coral Paraná. Também em plenário, exibiu um áudio do pai, Natal Pessuti, já falecido, fazendo a seguinte profecia: “Esse menino da roça, da enxada, um dia ainda vai ser governador”.

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Pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Pessuti adiantou que dará atenção à segurança pública e à saúde, Pessuti também elegeu quatro bandeiras para esses nove meses à frente do governo: “A instalação do Tribunal Regional Federal no Paraná, as parcelas de royalties do ICMS, o resgate do que nos foi tirado nas negociações de venda do Banestado e os desafios da Copa do Mundo de 2014, com todas as exigências do Comitê Executivo da Fifa”.

Pessuti prometeu governar pautado “pelo diálogo, aproximação, compreensão e bom senso, o que considero essencial”. Emocionado, o governador disse que se preparou durante 27 anos de vida pública para governar o Estado e lembrou que poderia ter aberto mão desse sonho para “assumir vaga que já tinha direito junto ao Tribunal de Contas do Estado, a qual me daria segurança e tranquilidade”.

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Pariticiparam da posse do governador, o presidente da AL, Nelson Justus (DEM); o presidente do Tribunal de Justiça, Carlos Hoffmann, o procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto; e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), entre outras autoridades.

Pessuti deu sequência ao discurso de quarta-feira de Requião, destacando as realizações do governo do Estado nos últimos sete anos e a opção por um governo de esquerda e voltado aos pobres.

Destacou, por exemplo, a construção de 13 hospitais regionais, mas garantiu que seguirá dando atenção especial à saúde, com a construção das clínicas da mulher e da criança, “acabando com a velha prática de que o melhor hospital da região é uma ambulância com destino á capital”.

A mesma atenção Pessuti prometeu à segurança. “Na segurança pública, vou trabalhar duro. Não vou fugir a esse desafio. Temos que continuar avançando, pois as drogas e a delinquência se espalharam por todo o mundo de forma avassaladora”.

Pessuti declarou que no comando do Estado, não fugirá a seus princípios: humildade, simplicidade, honestidade, religiosidade e amizade”. Acompanhado pela mulher, Regina, Pessuti encerrou a posse na AL cantando “Marcas do que se foi”.

E no final deu o recado: “Este ano, quero paz no meu coração, quem quiser ter um amigo, que me dê a mão”. Depois ele foi para a transmissão de cargo no Palácio das Araucárias, onde havia um trio elétrico chamado Canibal. Mais música para a Era Pessuti.