Orçamento de Curitiba é apresentado na Câmara

A proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2009 para Curitiba foi apresentada ontem, em audiência pública na Câmara Municipal. Mas a expectativa dos vereadores do PT de questionar a prefeitura sobre a ausência de dotação de recursos para problemas discutidos durante a campanha eleitoral foi frustrada, pois nenhum representante da administração municipal compareceu à audiência.

“Lamento muito que o secretário (Luiz Sebastiani – de Finanças) não tenha comparecido na audiência, para fazer o debate com a população e também responder às perguntas que fizemos ontem na coletiva de imprensa. A ausência da prefeitura também desmerece a presença dos moradores que vieram trazer suas reivindicações e entender o orçamento”, disse o vereador André Passos (PT), integrante da Comissão de Economia.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a própria prefeitura já havia realizado duas audiências públicas antes de enviar o projeto à Câmara e que a audiência de ontem era para a Câmara discutir a proposta, não necessitando da presença de representantes do governo municipal.

Assim, a reunião de ontem serviu mais para a população e a sociedade civil organizada apresentarem suas reivindicações aos vereadores. Reivindicações que também foram apresentadas nas 1.371 sugestões feitas durante a fase de consultas públicas.

Quem respondeu às críticas do PT foi o líder do governo na casa, vereador Mario Celso Cunha (PSB), que declarou que “o PT perdeu as eleições e agora tenta justificar a derrota fantasiando dados e jogando números irreais”.

O vereador questionou as colocações da bancada petista dizendo que eles estão confundindo a LOA com o PPA (Plano Pluri Anual), “pois o prefeito Beto Richa em 2005 estabeleceu tudo neste plano, cumprindo em quatro anos mais de 95% das promessas, inclusive ampliando muitos números positivos, como postos de saúde, creches e casas populares”.

Segundo Mário Celso, as questões debatidas na campanha serão contempladas pelo PPA 2009, que será apresentado ano que vem. A resposta não convenceu os petistas.

“O Plano Plurianual que será votado em 2009 é para o planejamento do orçamento a partir de 2010. Portanto, o que parece é que o prefeito não começará sua nova gestão em 2009, já que o orçamento não prevê rubrica adequada para vários problemas que deveriam ser prioridade”, disse André Passos.