Embora incipiente, a oposição ao governo na Assembléia Legislativa conseguiu travar a instalação das cinco CPIs – Copel, Banestado, Pedágio, Jogos Mundiais da Natureza e ParanaCidade. Quatro aliados do ex-governador Jaime Lerner (PFL) estão na liderança do PFL, PSDB, PTB e PPB e ameaçam derrotar os aliados do governador Roberto Requião (PMDB) na definição dos cargos de presidente e relator de três CPIs. Pelo critério da proporcionalidade das bancadas adotado na composição das CPIs, os partidos governistas, que são maioria em plenário, têm o mesmo número de integrantes que as siglas de oposição. O impasse provocou o adiamento da instalação oficial das CPIs pela Mesa Executiva.

Nas três CPIs formadas por sete integrantes (Pedágio, Jogos Mundiais da Natureza e ParanaCidade), a oposição detém quatro vagas e os aliados de Requião, três. Se a escolha do presidente da CPI for pelo voto, os aliados de Lerner controlarão as investigações. Isto porque o presidente tem a prerrogativa de indicar o relator. Nas quatro bancadas onde estão abrigados os oposicionistas,a maioria é formada por deputados aliados ao governo, mas os líderes Durval Amaral (PFL), Valdir Rossoni (PTB), Ademar Traiano (PSDB), e Duilio Genari (PPB), são de oposição e ditam a linha de atuação.

O deputado Nereu Moura (PMDB) tentou reverter a desvantagem da base de apoio ao governo na CPI do Pedágio ampliando de sete para onze integrantes. O líder da oposição, Durval Amaral (PFL), ameaçou recorrer à Justiça para barrar o aumento de integrantes da CPI do pedágio.

A liderança do governo buscou ontem um acordo com os líderes de oposição. A proposta era que os partidos decidissem previamente, sem votação, os nomes dos presidentes e relatores das CPIs. Amaral, Rossoni, Genari e Traiano não aceitaram.

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