O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ao deixar a reunião com o presidente em exercício, Michel Temer, que o acordo da renegociação de dívida dos Estados foi “o melhor entendimento possível”. “São Paulo, dos Estados devedores, será o menos beneficiado, mas nós temos que ter consciência da gravidade da situação atual brasileira e o que interessa é a retomada do crescimento da economia”, disse.

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Ao chegar para a reunião, Alckmin havia reclamado da falta de isonomia. Após o encontro, entretanto, ele minimizou as críticas e evitou reconhecer que São Paulo terá um acordo separado com a Fazenda. “É muito importante a retomada do crescimento, acelerar a agenda das reformas, porque é o emprego, o rendimento e o investimento que vão resolver os nossos problemas”, disse.

Alckmin explicou que apesar do desconto de 100% para todos Estados, o estabelecimento da trava faz com que o desconto para São Paulo seja de 30%. “Que acaba sendo diferente”, disse. “O que é importante é que avance nessa questão, resolva a questão da dívida e que retome o crescimento”, disse. “Sem uma agenda de reformas não vamos ter sustentabilidade.”

Ao deixar a reunião, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que Alckmin reclamou da falta de isonomia ao Estado. Segundo Azambuja, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prometeu avaliar especificamente a situação de São Paulo. Azambuja ponderou que o acordo selado hoje atendeu à maior parte dos Estados.

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Ao chegar ao Planalto, com um semblante irritado, Alckmin já havia reclamado da falta de isonomia. Um dos pontos decididos na reunião de hoje na Fazenda foi sobre o valor da trava do desconto mensal da parcela da dívida em R$ 300 milhões. Isso significa que a carência é de 100%, mas foi fixado um limite do desconto nesse valor. São Paulo é o mais prejudicado nesse caso porque o Estado paga mensalmente R$ 1,2 bilhão de serviço da dívida por mês. Segundo Azambuja, Alckmin afirmou que o limite de R$ 300 milhões “não servia” para ele.