No pedido que enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a abertura de novo inquérito para investigar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Procuradoria-geral da República também solicita a investigação da esposa de Cunha, Claudia Cruz, e de sua filha Danielle da Cunha. O pedido de abertura de inquérito é baseado nos documentos enviados pela Suíça que comprovam que Cunha possui contas naquele país. O pedido precisa ser avaliado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.

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Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça ao Brasil comprovam que um negócio da Petrobras em Benin, na África, irrigou as contas na Suíça que tinham Cunha e a esposa como beneficiários finais. As autoridades do país europeu bloquearam em abril um valor que, em reais e no câmbio atual, chega a R$ 9,638 milhões.

Segundo os documentos suíços, a conta aberta na Suíça em nome de Cláudia foi usada para pagar despesas pessoais da família do parlamentar. A movimentação dela serviu para pagar faturas de cartão de crédito, academia de tênis na Flórida e cursos na Espanha e no Reino Unido.

Entre 4 de agosto de 2011 e 15 de fevereiro de 2012, foram transferidos US$ 119,795 mil da conta de Cláudia à universidade espanhola Esade. A filha de Cunha, que é apontada como dependente em uma das contas, fez MBA na instituição no mesmo período dos pagamentos, entre agosto de 2011 e março de 2013.

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