A nova proposta de reforma eleitoral que deverá ser votada hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado prevê que seja feita propaganda paga na internet.

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Essa proposta não fazia parte do projeto da Câmara, que estabeleceu apenas a liberação do uso da internet nas campanhas eleitorais. Outro ponto que faz parte do novo texto é a proibição de propaganda relacionada à inauguração de obras públicas nos seis meses que antecedem as eleições.

“Mas qual será o critério de acesso ao portal da internet para cada candidato? Vai ser por sorteio? Temos de garantir a isonomia”, observou o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), ao argumentar que a propaganda paga na internet nos Estados Unidos é permitida apenas para os candidatos à Presidência da República. “O projeto está com muitos problemas, existem mais de 50 emendas que não foram analisadas pelos relatores e acho muito difícil a reforma ser votada amanhã (hoje) nas duas comissões.”

O líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), é outro que fez reparos. “Essa questão da internet tem de ser bem esclarecida. É o fato novo que vai significar para as eleições de 2010 o que a televisão significou para as eleições de 20 anos atrás”, afirmou Agripino. “Não acredito que a reforma seja votada amanhã (hoje) nas comissões.”

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Inaugurações

Carro chefe da campanha presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) correm o risco de não poder ser inauguradas com ampla publicidade e propaganda a partir de abril de 2010 por causa da restrição da nova proposta de reforma eleitoral. A proibição foi incluída pelos senadores Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que fizeram um substitutivo conjunto do texto.

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Os relatores da reforma eleitoral acolheram quase cem emendas apresentadas pelos parlamentares do Senado. Como os senadores estão propondo mudanças no projeto aprovado pelos deputados, o texto terá de voltar para a Câmara para nova rodada de votações.