O deputado estadual Caito Quintana (PMDB) é o nome preferido pelo governador Orlando Pessuti (PMDB) e o ex-governador Roberto Requião (PMDB) para ser o candidato a vice-governador numa provável chapa encabeçada pelo senador Osmar Dias, se for confirmada a aliança entre o PDT, PMDB e PT na sucessão estadual. Mas outros nomes de peemedebistas ainda estão cotados.

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O ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes é o segundo da lista, que tem ainda os deputados federais Marcelo Almeida e Rodrigo da Rocha Loures. Stephanes tem a preferência de Osmar devido à sua ligação com o setor de agronegócios. O ex-ministro deixou o governo Lula em abril para ser candidato a deputado federal.

Porém, há dificuldades no entendimento. Embora Quintana seja o preferido do PMDB, sua base eleitoral é na região Oeste e Sudoeste, onde Osmar já tem vantagem sobre o candidato do PSDB, Beto Richa.

E onde existem outras lideranças na aliança que também têm votos na região como o presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi. Outra preocupação em relação a Quintana é quanto aos desdobramentos das investigações das denúncias na Assembleia Legislativa, em que os mais cautelosos não acham prudente ter como vice um deputado com vários mandatos.

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Já Stephanes tem votos em Curitiba e região metropolitana, onde Beto tem seu principal colégio eleitoral. Na eleição de 2006, Stephanes fez 101.699 votos para deputado federal.

A decisão deve ser tomada em conjunto por Pessuti e Osmar, embora os peemedebistas sustentem que devem ter a palavra final sobre o assunto. Afinal, argumentam, abdicaram da candidatura ao governo para permitir a união da base aliada de Lula no Paraná.

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Para Osmar, entretanto, a definição do candidato a vice-governador não é um tema simples. Em 2006, muitos creditam sua derrota para o ex-governador Roberto Requião à desastrada indicação do vice, o ex-prefeito de Toledo Derli Donin.

Ele respondia a oito ações civis públicas por enriquecimento ilícito, fraude em licitações e danos ao patrimônio público. Indicado pelo PP, que queria eliminá-lo da lista de candidatos a deputado estadual para preservar a reeleição de Duilio Generai, Donin ainda é apontado por muitos como uma das razões que levaram Osmar à derrota.

Desta vez, a escolha está cercada de todos os cuidados. Marcelo Almeida é bem visto, é de uma família bem sucedida no mundo empresarial e poderia atrair financiadores de campanha, um dos pesadelos de Osmar que se queixa de ter penado com a falta de dinheiro em 2008.

Porém, entre as empresas da família Almeida está uma concessionária de pedágio. O senador Osmar Dias teria avaliado que o vínculo com a área não seria benéfico para a sua campanha, já que os valores das tarifas de pedágio no Paraná são uma das reclamações da população.

Quanto a Rocha Loures, não é bem visto por Requião, que não perdoa sua proximidade com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer. E seu pai, o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) não é dos mais queridos no PT, já que apoiou o ex-candidato tucano à presidência da República Geraldo Alckmin, na eleição de 2006.