Para responder aos tucanos que não querem dividir espaço no governo, os deputados estaduais do PMDB estão sustentando que, por enquanto, apenas três deles estão assumidamente integrados à base aliada do governador Beto Richa (PSDB).

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À exceção de Alexandre Curi, Luiz Claudio Romanelli (licenciado e atual secretário do Trabalho) e Reinhold Stephanes Junior, os outros nove deputados ainda não definiram posição, disse ontem o deputado Nereu Moura, um dos que era apontado como o mais novo integrante do bloco alinhado ao governo.

Moura contestou os cálculos do líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), que estima em 80% a adesão da bancada do PMDB ao governo. Em uma reunião na noite de terça-feira, o grupo fez um balanço da situação e o resultado da conta é outra, disse o peemedebista. “A nossa conversa não é com o Traiano. Se houver uma busca de entendimento será diretamente com o governador”, disse Moura.

O teste para determinar qual é o tamanho do apoio do partido a Beto Richa ainda não foi feito, observou Moura. “Não houve nenhuma situação ainda que exigisse uma posição nossa. Nós entendemos que falando a mesma língua, a bancada ganha força política”, disse.

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“Se tivéssemos tomado uma posição no início, a favor ou contra, teríamos enfraquecido. Não estamos precipitando nada e a bancada está unida”, afirmou o peemedebista.

Embora o discurso seja de unidade, Moura reconhece que se a bancada fosse adotar uma posição oficial hoje, não haveria consenso. “Tem gente que quer e tem gente que não quer. No momento oportuno, decidiremos isso. Por enquanto, estamos amadurecendo a ideia”, afirmou.

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Questionado se a participação de Romanelli no governo não torna superado o dilema “ser ou não ser governo”, Moura disse que a posição é individual e não partidária. “Nós liberamos o Romanelli para que ele fosse. Mas a posição é dele, não do partido”, afirmou.