Nenhum dos acusados acompanha abertura do julgamento no STF

Brasília – Nenhum dos acusados pelo Procurador Geral da República, Antonio Fernando Souza, no caso do Mensalão compareceu à abertura da sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que começou a julgar a denúncia.

Apenas dois deputados estão acompanhando o julgamento no plenário: Osmar Serraglio (PMDB-PR), que foi relator da CPI dos Correios, e Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), líder do partido, que também participou da comissão.

De acordo com a Coordenação de Segurança do STF, a expectativa era de que o plenário lotasse, mas uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, a Marcha das Margaridas, impediu a chegada de muitas pessoas.

Dos 246 lugares no plenário, 56 foram reservados para advogados e assessores, mas apenas 37 estão ocupados. A imprensa ocupa 48 lugares e 80 cadeiras são ocupadas por visitantes.

Ao chegar ao STF, Pannunzio disse que a denúncia é ?corajosa e muito bem embasada?. Ele afirmou que espera que o tribunal acolha a denúncia, o que ?já seria um sinal de alerta para que se comecem algumas mudanças nos costumes no meio político?.

?Esperamos que o Supremo acolha a denúncia e inicie o processo para efetivamente levar uma punição para aqueles que desrespeitaram o mandato popular, a confiança do povo e tiveram comportamento indigno quando chegaram ao Governo da República?, disse Pannunzio.

Sobre a citação de Eduardo Azeredo, do seu partido, no texto da denúncia, Pannunzio disse que não se pode dar tratamento diferenciado, seja a que partido for. ?Se o esquema começou no processo eleitoral que envolveu personalidades do PSDB, tem que ser apurado da mesma foram, não há nenhuma dúvida?.

Azeredo não está entre os 40 acusados pelo procurador, mas ele afirma na denúncia que o ?embrião? do esquema foram as irregularidades de financiamento de campanha de Azeredo à reeleição no governo de Minas Gerais, em 1998.

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