Nelson Justus caminha para nova reeleição na Assembléia

As negociações entre os partidos para a eleição dos integrantes da mesa executiva da Assembléia Legislativa, que deverá ser realizada na primeira quinzena de dezembro, apontam para a reeleição de Nelson Justus (DEM) na presidência.

A tendência era de reeleição de todos os oito integrantes da mesa, mas os deputados de oposição ao governo do Estado estão pedindo um dos cargos principais, a 2.ª secretaria.

Atualmente, a 2ª secretaria é ocupada pelo PT, que indicou a deputada Luciana Rafagnin para o cargo. Na eleição anterior, o PT apoiou a candidatura de Justus e recebeu o cargo.

Os seis votos do PT foram decisivos para sustentar a candidatura do deputado do DEM e sepultaram as chances do peemedebista Nereu Moura, que pretendia disputar o cargo.

Agora, a oposição alega que os três principais cargos presidência, 1.ª e 2.ª secretarias estão em mãos de aliados do governo. A 1.ª secretaria tem como titular o peemedebista Alexandre Curi.

Os governistas alegam que o DEM, um dos partidos de oposição, preside a Assembléia Legislativa. Mas o líder da oposição, deputado Elio Rusch (DEM), disse que a representação partidária não expressa a composição de forças em plenário, já que Justus é do DEM, mas não integra a bancada de oposição. “Ele é um democrata, um defensor do parlamento, mas não é da bancada de oposição”, afirmou.

É a mesma situação dos quatro deputados do PSDB que, apesar de pertencerem a um partido de oposição, são alinhados ao governo. Por isso, Rusch defende que a distribuição das posições seja orientada pela atuação em plenário, e não por partidos, para se estabelecer quem é oposição ou situação. Ou seja, se um dos cargos for entregue a um tucano, não será significará que a oposição estará na mesa.

Armadilhas

Nos bastidores, a versão é que a oposição está requisitando a posição de Rafagnin para o deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), que na próxima segunda-feira, dia 10, reassume o comando do bloco. Rossoni e Ademar Traiano são os únicos tucanos da bancada que fazem oposição ao governo na Assembléia Legislativa.

Rossoni diz que não discutiu o assunto, embora defenda mais espaço para a oposição na Mesa. “Eu já defendia isso desde a eleição passada. Sempre disse que a mesa tem três cargos importantes. A oposição deveria estar num deles”, comentou.

Por fora

Correndo por fora, o deputado estadual Reinhold Stephanes Junior (PMDB) pretendia aprovar uma mudança ao regimento interno estabelecendo que cada um dos cargos à mesa fosse votado isoladamente. Mas não foi bem sucedido. O projeto não foi submetido à votação. Stephanes queria disputar também a 2.ª secretaria.

Afirma que seu objetivo era retirar o PT da mesa e que o movimento tinha a participação de vários deputados. Além dos três principais cargos, a mesa é constituída por três vice-presidências e mais três secretarias.